09 nov de 2017
Bahia – Agricultura – Estradas ruins dificultam o desenvolvimento da indústria na Bahia
Atualizada em 
Situação dificulta escoamento; 64% das rodovias são de regulares a péssimas

As más condições das rodovias que cortam a Bahia – 64% das rodovias baianas são de regulares a péssimas, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte – tem se tornado um entrave para o desenvolvimento da indústria. “Nós temos um problema grave que é a questão da manutenção das estradas federais, que são responsáveis pelo escoamento da produção industrial baiana. A rodovia é a espinha dorsal da indústria”, afirma Marcelo Galindo, coordenador do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).

 

Mesmo as estradas baianas estando piores do que a média nacional, Galindo é otimista e acredita que a situação não é tão ruim, por não estar “tão fora do padrão nacional”. Ainda assim, ele critica a falta de manutenção e chama a atenção para o caso da BR-242, no Oeste. “Ela é uma rodovia federal que carrega boa parte da produção de grãos do Oeste para escoar para os outros estados, ou para a capital. O tráfego ficou muito pesado e a rodovia não recebe a manutenção necessária”, diz.

O impacto é percebido diretamente pelas empresas do Polo Petroquímico de Camaçari. De acordo com o superintendente-geral do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari – Empresas do Polo Industrial (Cofic), Mauro Pereira, a inadequação das rodovias encarece os produtos.

 

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e do Sistema da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), João Martins, considerou que a eficiência do sistema agropecuário é reduzida com a situação das rodovias.

 

“Somos extremamente eficientes da porteira para dentro. Produzimos, cada vez mais, produtos de melhor qualidade, com preços competitivos e respeitando a sustentabilidade. No entanto, essa eficiência quase que se perde no percurso de saída dos nossos produtos para os portos, para chegar aos centros consumidores”, lamenta.

O CORREIO procurou a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) e a Secretaria de Comunicação (Secom), ambas do governo do estado, para falar sobre a situação das rodovias estaduais, mas não obteve resposta.

Fonte: Jornal Correio

 

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