22 set de 2023
Bahia – Agropecuária – IBGE divulga dados da Pesquisa Pecuária Municipal – PPM, de 2022

Levantamento mostra o desempenho de várias cadeias produtivas 

De 2021 para 2022, seis dos oito rebanhos investigados na Bahia PPM mostraram crescimento de efetivos. Dentre estes, o de bovinos aumentou pelo segundo ano consecutivo, atingindo o maior contingente da série histórica, quebrando um recorde que perdurava desde 1992. O plantel desses animais na Bahia aumentou de 11,8 milhões para 12,5 milhões (+6,6%). O aumento no número de bovinos em 2022 foi o segundo consecutivo no estado. Com o resultado positivo, a Bahia manteve o 7º maior efetivo do país, respondendo por 5,3% do total nacional, que foi de 234,4 milhões de cabeças (+4,3% frente a 2021).

Além disso, todos os quatro produtos de origem animal acompanhados pela pesquisa no estado tiveram aumentos quantitativos entre 2021 e 2022; e as produções de leite e ovos de galinha bateram novos recordes. Com isso, o valor total da produção animal na Bahia avançou de forma significativa entre 2021 e 2022, saindo de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,2 bilhões, um crescimento de 17%, ou mais R$ 466,2 milhões em um ano. O montante gerado pelos produtos da pecuária baiana em 2022 foi o maior nos 28 anos de vigência do Real (desde 1994), com todos os quatro produtos tendo altas.

Tanto em 2021, quanto em 2022, Itamaraju (187,8 mil animais), Itanhém (168,0 mil) e Itarantim (164,5 mil) foram as cidades com os maiores rebanhos bovinos da Bahia. De um ano para o outro, Santa Rita de Cássia teve o maior aumento no número de bovinos no estado, 15,5%, de 128,8 mil para 148,7 mil cabeças. A cidade passou do 9º para o 4º maior plantel de bovinos da Bahia, no ano passado. Em se tratando da caprinovinocultura, entre 2021 e 2022, a Bahia teve os maiores crescimentos absolutos do país nos efetivos de caprinos (mais 306,5 mil bodes, cabras e cabritos, um acréscimo de 9%) e ovinos (mais 412,5 mil ovelhas, carneiros e borregos, ou seja, 9,7% a mais). Ambos voltaram a aumentar após terem diminuído entre 2020 e 2021.

Com os resultados positivos, a Bahia manteve a sua posição de líder nacional nesses dois rebanhos de médio porte, com 3,7 milhões de caprinos e 4,7 milhões de ovinos em 2022. O estado respondia por 30,1% do rebanho brasileiro de caprinos, de 12,4 milhões de animais, e por 21,7% dos 21,5 milhões de ovinos do país. Entre 2021 e 2022, o plantel de galináceos no estado diminuiu pela primeira vez após três anos seguidos de resultados positivos.

De um ano para o outro, o número de animais caiu 1,2%, de 50,2 milhões, recorde histórico, para 49,7 milhões, o que representou menos 606,1 mil cabeças em um ano. O suíno também teve uma leve redução, de 0,4%, perdendo 3,7 mil cabeças em um ano e chegando a 989 mil. A maior retração, porém, veio do efetivo de galináceos (grupo que engloba frangos para corte e galinhas poedeiras). Entre 2021 e 2022, a produção de ovos de galinha na Bahia cresceu pelo 3º ano consecutivo. No ano passado, foram produzidas 121 milhões de dúzias de ovos, recorde para o estado desde o início da série histórica da PPM, em 1974. Frente ao ano anterior, a Bahia apresentou aumento de 2,5% ou mais 2,9 milhões de dúzias. Os principais municípios produtores de ovos de galinha no estado, em 2022, foram Eunápolis (23,2 milhões de dúzias), Barreiras (14,5 milhões de dúzias) e Entre Rios (10,1 milhões de dúzias).

Em comparação a 2021, Eunápolis teve o maior aumento absoluto na produção de ovos, de 20,2 milhões para 23,2 milhões de dúzias (+14,9%). A Bahia é o 11º maior produtor de ovos de galinha no Brasil, respondendo por 2,5% das 4,9 bilhões de dúzias produzidas no País em 2022. Entre 2021 e 2022, a produção baiana de leite cresceu pelo segundo ano, tendo aumento de 6,3% e chegando ao recorde de aproximadamente 1,3 bilhão de litros. Junto ao aumento de produção baiana de leite, também houve crescimento no valor da produção, que chegou a R$ 2,4 bilhões, 16,1% a mais do que em 2021. Já a produtividade do leite caiu pela segunda vez consecutiva no estado. Foi de 1,32 mil litros por vaca ordenhada, frente a 1,33 mil litros em 2021, em variação de -0,7% no período.

Houve um aumento percentual maior no total de vacas ordenhadas (+7,1%, indo a 967.254) do que na produção leiteira (+6,3%). Após forte queda de 2020 para 2021, a produção baiana de mel voltou a crescer entre 2021 e 2022, passando de 4,6 mil toneladas para 4,9 mil toneladas (+7%). Assim, a Bahia manteve o 5º lugar entre os maiores produtores do país, representando 8,1% do total nacional, que foi de 61 mil toneladas em 2022 (9,5% a mais que em 2021). Com o aumento da produção, o valor do mel na Bahia também cresceu entre 2021 e 2022 (+7,4%), indo a R$ 64,8 milhões.

Entre 2021 e 2022, a aquicultura na Bahia teve redução do seu valor da produção

(-5,8%), após três anos em alta, passando de R$ 194,8 milhões para R$ 183,4 milhões. A queda foi puxada pela tilápia, que, desde o início da série histórica da aquicultura na PPM, em 2013, liderava essa produção no estado. Em um ano, a produção de tilápia teve uma forte queda (-35,3%), de 12,5 mil toneladas em 2021 para 8,1 mil toneladas em 2022. A retração de 4,4 mil toneladas foi a maior do país, e a Bahia caiu do 7º para o 8º lugar entre os maiores produtores.

Fonte: Ascom IBGE BAHIA

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