13 abr de 2022
Bahia – Cacauicultura – Recorde na produção baiana de cacau contribuiu para os excelentes resultados no mercado nacional de chocolates

Senar Bahia tem programa técnico voltado exclusivamente para essa cadeia produtiva

O Brasil produziu, somente

para a Páscoa deste ano, nove mil toneladas de ovos de chocolate. A Bahia tem

relevante participação nesse resultado, já que o Estado é o maior produtor

nacional de cacau – principal matéria-prima da iguaria. Só em 2021, foram

colhidas mais de 140 mil toneladas, um incremento de 40% em relação a 2020,

número que devolveu ao Estado o primeiro lugar no ranking da produção brasileira.

Além do cultivo das amêndoas,

alguns cacauicultores estão apostando no beneficiamento do fruto, agregando valor

à produção de derivados. É o caso do engenheiro agrônomo e produtor rural Luís

Fernando Pimenta, que investiu na abertura de uma fábrica de chocolates finos

no município de Coaraci, no Sul baiano. Ele tem inspirado a nova geração de

agricultores a fazer o mesmo.

 “O programa Pro-Senar Cacau foi fundamental

para a concretização desse sonho, porque nos muniu de informação, tecnologia e

esperança para continuar acreditando na cultura após a vassoura de bruxa que

devastou as lavouras (doença que dizimou a plantação) ”, disse, destacando que

o acesso a novas técnicas de manejo foi fundamental para continuar no negócio.

Segundo informações da

Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas (Abicab), o

mercado nacional de chocolate vem crescendo ano após ano. O País é o 5º maior

consumidor do mundo e já desponta como um promissor fornecedor. Em um concurso

internacional de cacau de excelência, realizado em Paris, dois brasileiros,

mais especificamente baianos, foram premiados pela produção das melhores

amêndoas do fruto.

O vice-presidente

administrativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb)

e assessor de Tecnologia e Inovação do Senar Bahia, Guilherme Moura, destacou

que a Bahia tem dupla participação no mercado de chocolate: “Somos o principal

fornecedor da matéria-prima, mas também estamos expandindo na produção do

produto final, e este é um segmento que está em franca expansão, incluindo a

instalação de fábricas-escola em alguns municípios”, pontuou.

Com um cultivo superior a 420

mil hectares em mais de 80 municípios, a cacaucultura baiana tem se expandido

da mata atlântica do Sul, que ficou batizado como região cacaueira, para outros

biomas. O fruto, que já foi responsável por mais de 60% do PIB do Estado, tem mostrado

a sua resiliência e forte adaptação a diferentes áreas e climas.

No Cerrado baiano, por

exemplo, produtores já apostam na implantação do cacau a pleno sol, ou seja,

sem o sombreamento, e tem obtido bons resultados com a cultura e também na produção

de nibs e chocolates. O setor é responsável pela geração de milhares de postos

de trabalho fixos, mas especialmente nesta época do ano incrementa a renda de

muitas famílias, através da geração de empregos temporários para a páscoa. Só

este ano, o país registrou a geração de 8.518 empregos em torno da data

comemorativa.

Fonte: Sistema Faeb

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