22 nov de 2019
Bahia – IBGE-BA: Taxa de desocupação na Bahia cai a 16,8% no 3º tri/19, mas ainda é a maior do país

** Em Salvador, taxa de desocupação teve queda mais expressiva. Ficou em 15,1% no 3º trimestre, abaixo da verificada tanto no 2º tri/19 (17,7%) quanto no 3º tri/18 (16,1%). Com o resultado, Salvador deixou o topo do ranking de desocupação entre as capitais, caindo da 1ª para a 6ª posição;

** A Região Metropolitana de Salvador (RMS) teve taxa de desocupação de 16,7% no 3º trimestre, também menor tanto que a do 2º tri/19 (18,6%) quanto da verificada no 3º tri/18 (18,2%);

** Na Bahia, o recuo na taxa de desocupação do 2º para o 3º trimestre foi resultado da redução no número de pessoas desocupadas, mas isso não ocorreu porque houve aumento do número de pessoas trabalhando, e, sim, porque cresceu o número de pessoas fora da força de trabalho, ou seja, que não estavam trabalhando nem procurando trabalho;

** No 3º trimestre, número de desalentados voltou a crescer no estado, chegando a 781 mil pessoas (frente a 766 mil, no 2º tri/19, e 763 mil, no 3º tri/18). A Bahia continua com a maior população de desalentados do país;

** No 3º trimestre, na Bahia, os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (exceto empregados domésticos) somavam 1,454 milhão de pessoas, menor contingente para um 3º trimestre e segundo menor contingente, considerando todos os trimestres, na série histórica da PNAD Contínua (desde 2012);

** Por outro lado, empregados sem carteira assinada e ocupados por conta própria somavam 2,784 milhões, representando quase metade (48,0%) de todos os trabalhadores baianos no 3º trimestre deste ano;

** Do 2º para o 3º trimestre, na Bahia, número de trabalhadores cresceu mais na administração pública (+39 mil pessoas ocupadas) e na indústria de transformação (+24 mil). Maiores perdas vieram do comércio (-38 mil) e da agropecuária (-17 mil);

** No 3º trimestre, rendimento médio dos trabalhadores ficou em R$ 1.528 na Bahia, R$ 2.476 em Salvador e R$ 2.258 na Região Metropolitana da capital.

No 3º trimestre de 2019, a taxa de desocupação na Bahia ficou em 16,8%, abaixo da verificada no 2º trimestre (17,3%), mas ainda ligeiramente acima do indicador do 3º trimestre de 2018 (16,2%). Continuou sendo a maior taxa do país, seguida de muito perto pela do Amapá (16,7%). No país como um todo, a taxa de desocupação foi de 11,8% no 3º trimestre de 2019.

Salvador teve uma redução bem mais expressiva na taxa de desocupação, que ficou em 15,1% no 3º trimestre do ano, frente a 17,7% no 2º trimestre (taxa que havia sido a recorde para a capital) e 16,1% no 3º trimestre de 2018. Com o resultado, o município deixou o topo do ranking de desocupação entre as capitais, caindo da 1ª posição no 2º trimestre para a 6ª posição no 3º trimestre. Recife (17,4%), Macapá (17,4%) e Manaus (17,2%) tiveram as maiores taxas no período de julho a setembro.

Na RM Salvador, a taxa de desocupação ficou em 16,7% no 3º trimestre, também menor tanto que a do 2º trimestre (18,6%) quanto da verificada no 3º trimestre de 2018 (18,2%). Com esse resultado, a RMS caiu uma posição no ranking de desocupação, passando de 2ª a 3ª maior taxa entre as regiões metropolitanas investigadas, abaixo das RMs de Recife (18,1%) e Macapá (17,4%).

Na BA, desocupação cai puxada por aumento no número de pessoas que não estão trabalhando nem procurando emprego

Na Bahia, o recuo na taxa de desocupação do 2º para o 3º trimestre (de 17,3% para 16,8%) foi resultado do queda no número de pessoas desocupadas (que estão procurando trabalho). Mas isso não ocorreu porque houve aumento do número de pessoas trabalhando (população ocupada), e, sim, porque cresceu o número de pessoas fora da força de trabalho, ou seja, que não estavam trabalhando nem procurando trabalho.

No 3º trimestre, 1,170 milhão de baianos de 14 anos ou mais de idade estavam procurando trabalho (população desocupada). Esse grupo teve leve redução frente ao 2º trimestre (quando somava 1,215 milhão de pessoas), mas mostrou pequeno aumento em relação ao 3º trimestre de 2018 (quando eram 1,130 milhão de desocupados).

Por outro lado, o número de pessoas trabalhando no estado (população ocupada) ficou em 5,802 milhões no 3º trimestre, praticamente igual ao do 2º tri/19 (5,805 milhões de pessoas ocupadas) e um pouco menor que o contingente de trabalhadores no 3º tri/18 (5,860 milhões).

O que aumentou, em ambas as comparações, foi o número de pessoas que não estão trabalhando nem procurando trabalho (população fora da força de trabalho), que chegou a 5,017 milhões no 3º tri/19, frente a 4,991 milhões no 2º tri/19 e 4,985 milhões no 3º tri/19.

O número de pessoas fora da força de trabalho na Bahia (5,017 milhões) atingiu seu maior patamar para um 3º trimestre desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012, e o segundo maior nível considerando todos os trimestres da pesquisa (menor apenas que o verificado no 2º trimestre 2018: 5,075 milhões de pessoas).

Dentre esses que estão fora da força de trabalho, os desalentados somaram 781 mil pessoas no 3º trimestre de 2019. Esse grupo voltou a crescer na Bahia, tanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior (eram 766 mil no 2º tri/19) quanto frente ao 3º trimestre de 2018 (quando era de 763 mil pessoas). O estado continuou com a maior população de desalentados do país.

No Brasil como um todo, os desalentados chegaram a 4,703 milhões no 3º trimestre do ano, mostrando quedas tanto frente ao total do 2º trimestre (4,9 milhões, o recorde) quanto frente ao 3º trimestre de 2018 (4,734 milhões).

A população desalentada é aquela que está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Entretanto, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

Já na cidade de Salvador e na RMS, os recuos nas taxas de desocupação foram influenciados também por algum aumento no número de pessoas trabalhando, sobretudo na capital.

Em Salvador, 1,432 milhão de pessoas de 14 anos ou mais de idade estavam trabalhando no 3º trimestre de 2019, frente a 1,418 milhão no 2º tri/19 e 1,413 milhão no 3º tri/18. Por outro lado, o número de desocupados diminuiu, chegando a 254 mil pessoas (frenta a 306 mil no 2º tri/19 e 271 mil no 3º tri/19).

Entretanto, também na capital houve aumento do número de pessoas que não estavam trabalhando nem procurando trabalho. Esse grupo chegou a 755 mil pessoas no 3º trimestre deste ano, frente a 739 mil no 2º tri/19 e 742 mil no 3º tri/18.

As informações estão resumidas na tabela a seguir.

Número de empregados com carteira assinada tem leves recuos na Bahia, tanto do 2º para o 3º trimestre de 2019 quanto frente ao 3º tri de 2018

No 3º trimestre, na Bahia, os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (exceto empregados domésticos) somavam 1,454 milhão de pessoas, menor contingente para um 3º trimestre e segundo menor contingente, considerando todos os meses da série histórica da PNAD Contínua (desde 2012).

Houve discretos recuos nesse contingente tanto em relação ao 2º trimestre, quando os trabalhadores com carteira somavam 1,472 milhão de pessoas, quanto frente ao 3º tri/18 (1,463 milhão). Em ambos os casos, porém, as variações são consideradas estabilidade estatística.  

Por outro lado, 1,081 milhão de pessoas eram empregadas no setor privado sem carteira assinada no 3º trimestre deste ano, na Bahia. O número também mostrou uma leve queda em relação ao 2º trimestre, quando havia chegado a 1,092 milhão de pessoas, e ficou igual ao do 3º trimestre de 2018.

Já os trabalhadores por conta própria somavam 1,703 milhão no 3º trimestre deste ano. Um número um pouco menor que o 1,707 milhão verificado no 2º trimestre e abaixo também do registrado no 3º tri/18 (1,723 milhão).

Mesmo com essas pequenas reduções de contingente, no 3º trimestre de 2019 os empregados sem carteira assinada e os ocupados por conta própria somavam 2,784 milhões de pessoas na Bahia, ou quase metade (48,0%) de todos os trabalhadores do estado.

Além disso, na Bahia, 913 milhões de pessoas que trabalhavam no 3º trimestre estavam subocupadas por insuficiência de horas, ou seja, trabalhavam menos horas do que gostariam e poderiam trabalhar. Esse grupo diminuiu um pouco frente ao 2º trimestre (quando eram 949 mil subocupados), mas cresceu em relação ao 3º trimestre de 2018 (898 mil) e representava 15,7% dos trabalhadores baianos.

Do 2º para o 3º trimestre, na Bahia, número de trabalhadores cresceu mais na administração pública e na indústria de transformação

Na passagem do 2º para o 3º trimestre de 2019, houve diminuição do número de pessoas trabalhando em 6 dos 12 grupamentos de atividade investigados na Bahia.

Em termos absolutos, os saldos mais negativos foram registrados no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-38 mil pessoas ocupadas entre o 2º e o 3º tri/19) e na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-17 mil trabalhadores).

Por outro lado, os grupos de atividades que mais empregaram no período foram a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+39 mil trabalhadores) e a indústria de transformação (+24 mil). Esses foram os grupos que também tiveram os maiores saldos positivos na comparação com o 3º trimestre de 2018: mais 79 mil e mais 53 mil pessoas ocupadas, respectivamente.

Nesse confronto com o 3º tri/18, as maiores perdas vieram dos segmentos de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-60 mil trabalhadores) e alojamento e alimentação (-44 mil).

Do 2º para o 3º tri, rendimento médio dos trabalhadores recua na Bahia, mas cresce em Salvador e na região metropolitana da capital

No 3º trimestre de 2019, o rendimento médio mensal real (já descontados os efeitos da inflação) dos trabalhadores na Bahia ficou em R$ 1.528. Além de ser o terceiro menor rendimento médio do país, houve uma leve perda em relação ao valor do 2º trimestre (R$ 1.539) e uma perda maior frente ao que era recebido no 3º trimestre de 2018 (R$ 1.577).

Em Salvador e na RMS, o rendimento médio real aumentou na passagem do 2º para o 3º trimestre de 2019, mas recuou frente ao 3º tri/18.

Na capital, o rendimento médio ficou em R$ 2.476 no 3º trimestre de 2019, ligeiramente acima do recebido no 2º tri/19 (R$ 2.442), mas abaixo dos R$ 2.619 recebidos no 3º tri/18.

Já na RMS, o rendimento ficou em R$ 2.258 no 3º tri/19, frente a R$ 2.248 no 2º tri/19 e R$ 2.380 no 3º trimestre de 2018.

Fonte: IBGE Bahia

 

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