Saudações!
As chuvas continuam caindo, e fazem brotar do chão, não só lavouras, grandes, ou, pequenas, mas principalmente fazem brotar a esperança, e muita reflexão. A principal delas, a que mais me incomoda está representada na pergunta que fiz na coluna anterior:É o rio que inunda a cidade, ou, foi a cidade que invadiu o rio?
Observando as duas fotografias que ilustram este artigo, fica claro que fomos nós que invadimos o rio, que de tempos em tempos, nos anos mais chuvosos vem reclamar e tomar de volta o que é seu, nem que seja por um curto intervalo de tempo. E o que pode ser feito para evitar grandes prejuízos e tanto sofrimento, principalmente dos mais humildes e desassistidos?
Se falarmos de obras e tecnologia de contenção das águas pluviais teremos que falar em muito, mas muito dinheiro. Logo o vil metal, tão escasso em tempos bicudos. Mas se observamos bem, veremos que surge uma grande oportunidade na ocorrência desta enchente no justo momento em que acontecem as primeiras assembléias de discussão do PDU – Plano de Desenvolvimento Urbano. Pois se não há recursos financeiros disponíveis para a execução das obras necessárias, temos a chance de demarcar as áreas inundáveis que não poderão ser ocupadas ao longo dos três rios que cortam a nossa cidade. O Rio Grande, o Rio de Ondas e o Ribeirão.
Além de prever as soluções factíveis para os velhos problemas dos constantes alagamentos de bairros inteiros, a revisão do plano deverá trazer em sua essência a proibição expressa da ocupação das zonas ribeirinhas, das lagoas e vazantes destes rios, cujas águas barrentas fizeram questão de demarcar.
E como fazer valer tal premissa? Por que não a criação de um parque ambiental, ao longo das áreas ainda desocupadas, nas margens destes rios em todo o perímetro urbano? Por que não termos o nosso Parque Fluvial como tantas cidades já o tem?
Com a palavra, a população!
Até a próxima semana!
Maurício Fernandes
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