27 mar de 2014
Barreiras – Igreja São João Batista estar sendo reformada
História da Igreja São João Batista 

Enquanto ainda era Fazenda Malhada, Barreiras passou a ser freguesia da paróquia de Angical. Foi erguida a Igrejinha na Praça da Bandeira, em 1881, e o primeiro sacerdote que atendeu foi o Padre Florentino Tolentino Silva.

O Coronel Martiniano Ferreira Caparrosa, primeiro intendente (prefeito) de Barreiras, iniciou a construção da Igreja de São João Batista, conforme planta elaborada pelos Padres franciscanos da Missão de Aricobé. Caparrosa fez os alicerces e conseguiu levantar as paredes a mais de metro. Os prefeitos seguintes não prosseguiram a obra, que ficou paralisada.

A 20 de Agosto de 1919, chegou o Pe. Luiz Manuel Vieira para assumir como vigário do rebanho da freguesia que já se chamava Barreiras. Pe. Luiz Vieira, nascido em 26 de Setembro de 1875 na Província de Algarve (Portimão), celebrou a primeira missa na Igreja da Ordem 3ª de Nossa Senhora do Carmo de Faro, capital da Província do Algarve (Portugal), a 04 de Julho de 1898. Comemorou o seu cinquentenário de sacerdote em 04 de Julho de 1948 na Igreja de S. Antonio Além do Carmo de Salvador – BA.

Após os primeiros contatos percebeu que a Igrejinha já não comportava o número de fiéis. Teve a feliz ideia de incentivar a construção de uma nova Igreja,que foi colocada após topografia, no lugar exato do centro fosse para onde fosse o crescimento da cidade.
No fim de 1919, a cidade ficou em polvorosa festa, as girandolas enfileiradas no cais, o vapor aportou. As bandeiras saudavam contentes, como contentes sorria cada coração que abraçava o Bispo D. Augusto que veio de Salvador para fixar a pedra fundamental. Ele deu a benção para sobreviver as forças do Espírito Santo sobre cada operário da construção. 


E a graça de Deus veio, o povo unido num só ideal, sem inquietação, sem perturbação, combinou com o bispo para virem da capital os pedreiros especializados. E no dia 20 de Maio de 1921, foram iniciados os trabalhos da nova Igreja, pois os construtores chegaram. 

O Pe. Luiz Manuel Vieira soube liderar a população para que todos colaborassem, e o trabalho se estendeu até o seu final. Também o Pe. Carlos Zimmerman, que chegou com o Pe. Vieira, colaborou bastante com a construção da Igreja, além de dedicar-se à educação.

O lugar era pobre, e o povo simples. Como fazer para conseguir o dinheiro para enfrentar uma construção gigantesca? Não faltaram ideias – o ideal desta obra formou uma grande família. Milhares de pessoas lutaram com amor e entusiasmo. Promoveram quermesses, bailes, pau-de -fita, feira chic, saraus. E a obra se elevava
As operárias divinas trabalhavam: D. Maria Francisca, D. Leonina Seabra Pamplona, D. Ada Porongo, Amália Andrade, Glorinda Cafoba e muitas outras senhoras que lidavam diariamente no serviço. O material chegava pelo rio em canoas, também em carros de bois e até de mão em mão. Formou-se um formigueiro humano, fazendo chegar ao pé da obra todo o material necessário para a construção.

Quando os recursos estavam acabando, surgia alguém com uma boa ideia para conseguir mais dinheiro pra a construção.
Mesmo depois de todo esforço, houve quase um desengano, quando, as paredes já estavam altas, na altura do dos sinos, e os construtores retornaram a Salvador. Apareceu o Sr. Pedro Dias que estudando a obra concluiu que seria capaz de fazer a torre e assim concluir o trabalho.

Certa vez, a construção esteve quase paralisada quando estava precisando do teto. O povo se reuniu, fez promoções e surgiu o mestre Chico que imitando o Carpinteiro de Nazaré, fez todo o serviço.
Os sinos vieram de Portugal. Era um carrilhão com 3 sinos que tocava uma música, a qual a meninada pôs letra, completando a harmonia.

E finalmente no dia 24 de Junho de 1925 D. Augusto Álvaro da Silva inaugurou a Matriz celebrando a missa cantada em latim com duração de 4 horas. Neste dia a cidade se encheu de festa, o delegado decretou: “Soldado, hoje não se prende ninguém. Deixa o povo farrear”.

A Paróquia de Barreiras só foi criada e em 1937, por ato do Bispo D. Augusto Álvaro da Silva, entregando-a ao Pe. Armindo Magalhães.
Vários Padres prestaram serviços na Igreja Matriz, Paróquia e Catedral São João Batista.

Padre Florentino Tolentino da Silva, (primeiro vigário residente em Barreiras),Pe Luiz Manuel Vieira, (Português), Pe. Carlos Zimmermann, (alemão) Pe. Colbe (Francês), Pe. Armindo Magalhães (Vigário por mais ou menos 40 anos), Pe. Rogério (veio auxiliar Pe. Armindo na reforma da liturgia pós concilio).

Na década de 70, chegaram a Barreiras os padres beneditinos vindos da Áustria: Pe. Rafael, Pe. Edmundo e Pe. Hildebrando. Nesta época, Pe. Armindo se afasta de suas funções.

Em 1974, também provindo da Áustria e beneditino, chega a Barreiras Pe. Ricardo Weberberger e do Rio Grande do Sul chega o Pe. Afonso Fleig, Jesuita, começando um trabalho juntos. Em seguida, num acidente, morre Pe. Afonso. No final deste ano chega Pe. Geraldo Lang, beneditino para dar continuidade ao trabalho com Pe. Ricardo. Era tempo de mudanças na Paróquia e havia a necessidade de mais padres. Chegaram mais padres beneditinos: Pe. Gunther, Pe. Carlos, Pe. Martin, e Pe. Arno.Juntos desenvolveram grandes trabalhos na região.

Em 1979 acontece a criação da Diocese de Barreiras, sendo o Pe. Ricardo nomeado como o seu primeirobispo.
Em 1990 a Paróquia São João Batista recebe o Pe. Severino Piovanelli como Pároco, ficando até o ano de 1992 quando o Pe. Paulo Romeu Dantas Bastos toma posse com Vigário da Catedral São João Batista, ficando até meados de 2002, quando foi nomeado Bispo para a Diocese de Alagoinhas. Neste mesmo ano assume como vigário da Catedral, o Pe. José Grigório da Silva, até o mês de Junho de 2012. No mês de Julho do mesmo ano, assume a Catedral de São Joao Batista, Pe. Verneson Francisco de Souza.

Igreja São João Bastista 02 Igreja São João Bastista 03 Igreja São João Bastista 04 Igreja São João Bastista 05

(Pesquisa elaborada pela professora Dinaura Rego, por meio de entrevistas e conforme trechos das obras: Simplesmente Barreiras de Suely R. Pinto e História de Barreiras de Ignez Pitta de Almeida.)

 

Fonte: catedralsaojoaobatista

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