21 jan de 2016
Barreiras – Notícias do Sebrae Bahia – Com Sebraetec, Cachaça Limoeiro ganha potencial competitivo no mercado

Entre as mudanças estão a produção da bebida e visual da marca

Por: Anaísa Freitas e Luciane Souza

Foto: Bruna Pires – ASN Bahia

A partir de consultoria, o empresário Raimundo Primo Macêdo aprimorou o processo da produção da cachaça e já planeja exportação

Salvador – Desde que o produtor Raimundo Primo Macêdo, da Cachaça Limoeiro, começou a receber consultorias do Programa Sebraetec, em 2013, ele fez melhorias na estrutura do negócio e na elaboração da bebida, a partir do subsídio de 80% nos custos, dado pelo Sebrae. A Fazenda Limoeiro, que fica em Várzea da Cruz, município de Feira da Mata, Oeste da Bahia, recebeu a primeira ação do programa por meio das consultorias para confecção e registro de marca junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).A etapa seguinte contemplou o processo de aprimoramento na produção da cachaça, que contou com o auxílio do consultor do Sebrae Nacional e credenciado do Sebraetec, o professor Rogélio Brandão. Através da empresa Cerlev – Projetos e Inovação na Biotecnologia da Fermentação, uma parte das leveduras utilizadas na fermentação da Cachaça Limoeiro foram modificadas em laboratório e reintroduzidas no processo produtivo. “Com isso, a produção de cachaça passou a ser feita de forma padronizada, em virtude do uso dessa levedura. E, como ela somente existe na região, podemos dizer que a Cachaça Limoeiro tem DNA próprio”, detalha Rogélio, que também instalou um processo de multiplicação de leveduras na unidade de produção, a fim de permitir a reposição constante no processo de produção.

Além da introdução de procedimentos operacionais que garantem uma cachaça de elevado padrão, houve o curso de formação de mestres alambiqueiros, orientando os colaboradores sobre os vários aspectos da produção que influenciam na qualidade do produto final.

Em 2014, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), no âmbito do Sebraetec, orientou as ações para obtenção do licenciamento ambiental, de forma a atender às exigências legais relacionadas a efluentes, resíduos sólidos e emissões atmosféricas; e ainda a regularização rural do negócio, acompanhando todo o processo do Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (CEFIR), conhecido na Bahia como Cadastro Ambiental Rural (CAR), obrigatório junto ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA).

O engenheiro ambiental e consultor no Senai Cimatec, Pedro Pozzi, acompanhou a atividade e explica que a primeira frente de trabalho foi baseada no levantamento de dados secundários, como possíveis Áreas de Preservação Permanente (APP) e Unidades de Conservação, Vegetação, além de fases do processo produtivo.

“A segunda etapa foi pautada no levantamento de dados na Fazenda Limoeiro, confirmando aqueles obtidos a partir de fontes secundárias e avaliando os impactos ambientais associados à produção da cachaça e a plantação da cana”, revela Pedro, destacando que foram 120 horas de trabalho em uma equipe multidisciplinar com vários profissionais. O engenheiro explica ainda que, a partir da documentação formalizada, “o empreendedor passa a ter maior visibilidade no cenário nacional e internacional, além de ter acesso às linhas de financiamento para expandir seus negócios”.

Há quinze anos no mercado de destilados da cana-de-açúcar, Raimundo conta que desde a parceria com o Sebrae que a bebida vem ganhando potencial competitivo no mercado. “Tivemos melhoramento da nossa produção após a seleção de leveduras, além de adequar todo processo do plantio, equipamentos e colaboradores a um padrão. Isso nos confere uma qualidade que chamo de DNA da cachaça, com um grande diferencial de sabor, aroma e buquê”, comemora o produtor.

As mudanças impulsionaram a empresa na busca pelo mercado internacional, através da participação em eventos como a Exposição Comercial Internacional do Panamá (Feira Expocomer), em abril de 2013, pela Missão Empresarial do Sebrae. “No evento, a mercadoria foi selecionada por importadores da Alemanha e Itália e já temos negociações e contatos em andamento”, revela.

A proteção da propriedade industrial, feita pelo Programa, dá à Cachaça Limoeiro a condição para atender aos pré-requisitos exigidos para exportação, como explica o gerente do Sebrae no Oeste da Bahia, Emerson Cardoso. “Para a venda ao exterior, estamos auxiliando o empresário na confecção de uma nova marca que traduza uma identidade geográfica da Bahia e do Rio São Francisco. Um produto diferenciado com garrafas e design especiais que qualifiquem o produto a ser consumido”, detalha o gerente.

Como participar do Sebraetec

O Sebraetec atua em sete áreas de conhecimento da inovação: Design; Produtividade; Propriedade intelectual; Qualidade; Inovação; Sustentabilidade e Tecnologia da Informação e Comunicação.
Para saber mais ou participar, basta acessar o link do programa ou ligar na Central de Relacionamento do Sebrae (0800 570 0800). É possível ainda ir até um dos pontos de atendimento do Sebrae da cidade com identidade e número do CNPJ da empresa.

Durante o atendimento, o empreendedor explicará em quais dos sete pontos quer inovar, e o Sebrae aciona um dos prestadores de serviços tecnológicos cadastrados para viabilizar o processo na empresa.
Além do subsídio de até 80% do investimento, o empresário recebe acompanhamento que assegura os melhores resultados.

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Agência Sebrae de Notícias Bahia

 

 

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