20 jan de 2015
Barreiras – Sem Copa e eleições, varejo de moda terá leve recuperação

As companhias de varejo de moda, que tiveram seu desempenho afetado em 2014 pelos feriados relacionados à Copa do Mundo e pela deterioração do cenário macroeconômico, tendem a apresentar recuperação neste ano. O Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi) projeta para o segmento, em 2015, um crescimento de 3,1% em volume de vendas e incremento de 8,6% em valor nominal. No ano passado, o varejo de moda apresentou crescimento de 1,5% em volume e de 6,7% em valores nominais.

“O setor deve apresentar melhor resultado porque o ano será mais fluido, sem tanta influência de eventos extraordinários, como Copa do Mundo e eleições, que atrapalharam o consumo”, disse Marcelo Prado, diretor do Iemi.

Para o analista, o fechamento de lojas durante jogos do Brasil no período da Copa teve efeito negativo nas vendas do setor em uma das datas mais movimentadas para o varejo de moda, o Dia dos Namorados. E não houve recuperação no segundo semestre, em função do desaquecimento do consumo no país, evento ligado ao aumento da inflação e dos juros, além das incertezas sobre a sucessão presidencial.

No primeiro semestre de 2015, pelo menos, o setor terá menos feriados que no ano passado. Na segunda metade do ano, o quadro se inverte, o país terá quatro feriados em dias úteis, podendo ser emendados com os fins de semana. Em 2014, o dia da Independência, o dia de Nossa Senhora da Aparecida e o feriado de Finados caíram em fins de semana.

Do ponto de vista macroeconômico, a mudança não é grande. A previsão de economistas para o Produto Interno Bruto (PIB) para 2015 é de expansão de até 0,4%, ante 0,2% em 2014, de acordo com o último Boletim Focus. A projeção para inflação é de 6,6%, frente a 6,41% no ano passado.

Uma melhora mais significativa, na visão do Iemi, pode vir da indústria de moda. A valorização do dólar em relação ao real, segundo Prado, pode contribuir para melhorar a demanda dos brasileiros por produtos nacionais. O Iemi projeta para a produção de moda um incremento de 1,5% em volume em 2015, e de 6,7% em valor nominal.

No ano passado, a consultoria estima que a produção tenha registrado queda de 0,9% em volume e de 2,5% em valor nominal. “As indústrias têxteis vão conseguir recuperar a perda registrada no ano passado. Mas, ainda assim, será o quinto ano em que a produção se mantém no mesmo patamar, sem um grande avanço”, disse Prado.

Sidnei Abreu, diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), também considera que o varejo de moda pode apresentar resultados melhores no primeiro semestre devido ao maior número de dias úteis. “O desempenho da moda também tem muita relação com o clima. Se o país tiver um inverno mais rigoroso, isso será favorável para o setor”, afirmou

Para Abreu e Prado, as companhias do setor ainda precisarão redobrar esforços para tornar a gestão financeira mais eficiente, para não depender apenas do clima e dos dias úteis para expandir as vendas no ano. Eles observaram que as empresas terão como desafios controlar gastos em meio ao aumento de custos com importação de algumas matérias-primas, elevação de aluguéis, custos de energia elétrica e outras despesas fixas.

 

Por Cibelle Bouças | De São Paulo

Com informações do: CNDL e do Blog Ioeste e CDL Barreiras

 

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