11 abr de 2016
Barreiras – Tribuna Popular da Câmara de Barreiras recebeu Miguel Nagib e Carlos Brito para falarem sobre ideologia de gênero nas escolas

Ascom Câmara Municipal de Barreiras

Na quarta-feira, 06, a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Barreiras recebeu os convidados e palestrantes Dr. Miguel Nagib e Dr. Carlos Brito, onde falaram sobre ideologia de gênero nas escolas.

A Tribuna Popular é um instrumento de grande importância para ampliar a participação da população nas atividades do Legislativo. O espaço nessa sessão foi concedido para o Projeto Social “Somos Todos Filhos de Deus” que tem como foco a questão social e não possui vínculos político-partidários, existindo desde 2010, e atualmente é presidido pelo Sr. Carlos Cruz.

O espaço foi cedido para que esse Projeto pudesse apresentar sua visão a respeito de ideologia de gênero com a palavra do Dr. Carlos de Moraes Brito, Psicólogo com especialização em terapia sistêmica familiar, e do Dr. Miguel Nagib, Procurador do Estado de São Paulo e fundador do movimento nacional Escola Sem Partido.

Nesta sessão não houve outra matéria no expediente além da Tribuna Popular. Os participantes explanaram a respeito de seus temas específicos pelo tempo regimental de 30 minutos cada.

O Presidente da Casa esclareceu que a Tribuna Popular tem por objetivo oportunizar que se possam trazer temas, e que está sempre aberta a oportunidade de que o contraditório possa ser estabelecido. Afirmou que a Câmara esta aberta ao diálogo. “A Tribuna Popular está aberta a ter mais outras instituições, toda e qualquer instituição tem o direito de se manifestar inclusive contra tudo que foi dito aqui”.

O tema muito embora polêmico, é um dos que fazem parte da discussão quanto ao complexo e, extenso PME – Projeto Municipal de Educação que tramita na Casa.

A população pode acompanhar as sessões plenárias na íntegra através da veiculação na TV Câmara ao longo da semana. Os palestrantes também participaram do Programa de entrevistas Câmara Revista que será exibido ao longo da programação no canal 4.1 nos próximos dias.

Segue um breve resumo do tema abordado no plenário:

O Dr. Miguel Nagib apresentou alguns fatos que segundo ele estão ocorrendo nas escolas brasileiras, citou exemplos em que houve a distribuição de cartilhas com orientação sexual de conteúdo e caráter duvidoso, como um caso ocorrido em Recife que deixou as famílias estarrecidas. “Vejam a insistência do autor para despertar a curiosidade das crianças para essa prática”, e o livro ainda afirma que as pessoas grandes não sabem de nada.

Questiona o fato sobre quem tem autoridade moral para dizer o que é certo e errado para uma criança, senão os pais quando se trata de educação moral. Afirma que esta escola violou a lei, uma vez que estava violando um direito. Citou ainda, outros exemplos em que os alunos são induzidos a dizer sobre aquilo que não estão amadurecidos para administrar.

Segundo o senhor Nagib, o MEC contrariando normas maiores como o Tratado Internacional – A Convenção Americana de Direito Humanos e decisões legislativas, tendo em vista que o Congresso Nacional no ano de 2014 retirou o assunto do Plano Nacional de Educação, recomenda por conta própria desde 1997 que esses temas sejam levados para sala de aula.

Ele questiona que direito teria um funcionário público de chamar as coisas das quais acreditamos de preconceito, caso do professor em sala de aula seguindo as recomendações do MEC para o tema. Então fala dos limites éticos e jurídicos da atividade de docente, pois, as liberdades não são absolutas e liberdades protegidas pela constituição devem ser preservadas.

Explica que alguns princípios constitucionais são violados nestas circunstâncias como, por exemplo, a liberdade de consciência e crença, tendo em vista que o estudante é uma audiência cativa, de presença obrigatória em sala de aula. Sendo assim ele e sua família tem seu direito de liberdade de pensamento e de crença violados quando o professor diz qualquer coisa na sala de aula na promoção de valores hostis. “O estudante é um ser vulnerável”. São seres em processo de formação e os pais não sabem necessariamente o que acontece em sala de aula.

O senhor Nagib gostaria de deixar claro que o poder público muito menos seus funcionários não podem se meter em determinados assuntos. E em se tratando de Plano Municipal de Educação as famílias de Barreiras precisam tomar conhecimento dessas questões e participar.

Foi concedido espaço na Tribuna Popular para o segundo palestrante Senhor Carlos de Moraes Brito, ele explanou a respeito de sua visão quanto a ideologias de gênero. Ele considera importante o entendimento desse tema e diz que sua abordagem será em torno das consequências (Ideologia de gênero na escola).

Segundo ele o risco é quanto à estruturação da personalidade da criança que é obrigada a receber essa informação entre quatro paredes sendo que o nosso caráter vem desse momento de formação. Quando ela recebe certas informações terá um conflito psicológico em casa, daí a implantação de um conflito na família, que começa a se instalar e estabelece um modelo de independência funcional. Nesse momento não se tem mais os limites, o modelo funcional foi afetado e as famílias perdem o legado de comando sobre seus filhos. E devemos entender que a geração que virá após disso será uma geração muito difícil.

Ainda segundo o senhor Carlos Brito, as tendências comportamentais são desenvolvidas dentro da família e logo teremos uma geração que estará desenvolvendo problemas psicológicos terríveis. “Imaginem os senhores uma criança passando todo esse período, recebendo no ensino e essas informações sendo armazenadas… recebendo a ideia de que ela não tem identidade de gênero”. Sua origem, sua sexualidade e seu papel na sociedade serão afetados.

Para ele a motivação da sexualidade das crianças prematuramente gera a pré-disposição para pessoas com problemas psicossomáticos. E essa ideologia de gênero não deve caber no nosso plano municipal de educação.
As variações da família tem trazido consequências e quando essa ideologia entra na sociedade coloca em risco o processo de formação da família. “Estamos hoje com os consultórios psicológicos abarrotados de pessoas em busca de respostas”. “A sociedade está sofrendo com jovens e pessoas que não tem limites e por trás dessa ação existe uma família desesperada”.

Após a ocupação da Tribuna, os vereadores se pronunciaram sobre os temas abordados, colocando os seus pontos de vista, e ratificando o compromisso em analisarem com ampla discussão o projeto de lei do Poder Executivo que institui o Plano Municipal de Educação no município.

Finalizando a sessão, o presidente Tito agradeceu aos palestrantes pela importante participação, destacando a seriedade do debate e ressaltando que a mensagem trazida à Câmara repercutiu para toda a população barreirense e regional que pôde acompanhar pelos veículos de comunicação do Poder Legislativo.

 

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