08 dez de 2017
Brasil – Agricultura – A utilização de Azospirillum melhora a qualidade de silagem de milho

Fernando Reimann Skonieski1*, Julio Viégas2Thomas Newton Martin(martin.ufsm@gmail.com), José Laerte Nörnberg4, Gilmar Roberto Meinerz5, Tiago João Tonin6, Priscila Bernhard6, Marcela Tostes Frata1

Thomas Newton Martin – Professor da UFSM

O objetivo deste estudo foi determinar o efeito da inoculação de Azospirillum brasilense e diferentes doses de nitrogênio (N) aplicadas em cobertura sobre a produtividade e valor nutricional da silagem de milho.

Os experimentos foram conduzidos nas safras 2012/2013 e 2013/2014. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados, em arranjo fatorial constituído por dois híbridos de milho (AS 1572 e Defender), associados a doses de nitrogênio em cobertura (0, 60, 120, 240 e 480 kg ha-1) e inoculados ou não com A. brasilense estirpes Ab-V5 e Ab-V6. A inoculação com A. brasilense apresentou interação com  híbridos de milho, safras agrícolas e doses de nitrogênio para a variável produtividade da planta para silagem. Na safra 2012/2013, a inoculação com A. brasilense aumentou em 6,16% a produtividade do híbrido AS 1572, enquanto que na safra 2013/2014 a inoculação com A. brasilense incrementou a produtividade do híbrido Defender em 16,15%. A adubação nitrogenada aplicada a 0, 60 e 120 kg ha-1 N beneficiou plantas inoculadas com A. brasilense.

 

O modelo estatístico revelou que doses de N entre 0 e 184 kg ha-1 aumentaram a produtividade de plantas inoculadas com A. brasilense quando comparadas as plantas sem inoculação. Quanto ao valor nutricional da silagem, a inoculação com A. brasilense aumentou os níveis de extrato etéreo e nutrientes digestíveis totais e reduziu a quantidade de fibra em detergente ácido. Em síntese, os resultados positivos da inoculação com A. brasilense são dependentes das doses de N aplicadas em cobertura. A inoculação pode alterar o valor nutricional de silagens de milho, entretanto, os resultados obtidos não permitem concluir definitivamente sobre essa temática.

 

O texto completo e original pode ser acessado na Revista Brasileira de Zootecnia.

Publicado em: Revista Brasileira de Zootecnia, 46 (9): 722-730, 2017.

Sobre os autores:

1 – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, PR, Brazil.
2 – Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Zootecnia, Santa Maria, RS, Brazil.
3 – Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Fitotecnia, Santa Maria, RS, Brazil.
4 – Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Tecnologia e Ciência de Alimentos, Santa Maria, RS, Brazil.
5 – Universidade Federal da Fronteira Sul, Cerro Largo, RS, Brazil.
6 – Universidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-graduação em Zootecnia, Santa Maria, RS, Brazil.

Confira a página do Grupo de Pesquisa em Grandes Culturas de Coxilha.

 

Fonte: Mais Soja

 

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