O evento, organizado pelo PNUD, GEF e pela Secretaria de Meio Ambiente do Paraguai, abordará o tema da produção sustentável de commodities agrícolas

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) apresentará a experiência bemsucedida da Moratória da Soja e o monitoramento do cultivo da oleaginosa no Bioma Amazônia, no seminário “Paraguai: Alianças estratégicas para promover a produção de commodities agropecuárias livres de desflorestamento”, no dia 7 de junho, em Assunção.

A pedido dos organizadores, o gerente de sustentabilidade da Abiove, Bernardo Pires, fará uma apresentação técnica que abordará os atores, o histórico e os desafios desde o início da Moratória da Soja, em 2006. Também serão apresentados os mecanismos de monitoramento por satélite, a identificação das áreas desflorestadas para sojicultura e os resultados alcançados.

A Moratória da Soja é um dos pactos de desmatamento zero mais reconhecidos mundialmente, pela seriedade e pelo caráter científico do monitoramento do plantio de soja no Bioma Amazônia. Recente estudo de pesquisadores da Universidade de Kansas e da Embrapa elogiam os resultados da Moratória. Saiba mais sobre o estudo acessando esse link:

http://www.abiove.org.br/site/_FILES/Portugues/17052017-110411-17_ 05_2017_-_informativo_171_- _estudo_americano_sobre_moratoria_da_soja.pdf

A Abiove e a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), junto com suas associadas, instituíram a Moratória da Soja em julho de 2006, à qual se uniram a sociedade civil e o governo. Esses atores formam o Grupo de Trabalho da Soja (GTS), o braço operacional da Moratória da Soja, que anualmente apresenta à sociedade um relatório do monitoramento das safras de soja naquele bioma. O relatório é produzido pela Agrosatélite e passa anualmente por auditoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em julho de 2016, ao comemorar uma década da Moratória, o Grupo de Trabalho da Soja revelou que os 37,2 mil hectares de soja da safra 2015/2016, em desacordo com a Moratória, representaram apenas 1,1% da área desmatada no bioma. O relatório mostrou que a principal cultura agrícola do País não tem sido um fator relevante de desmatamento naquela região, que ocupa quase metade do território brasileiro. Revelou, também, que é possível conciliar a produção de alimentos com a conservação dos recursos naturais da maior floresta tropical do mundo.

Paraguai e sustentabilidade – O Paraguai, importante produtor de soja, é signatário de acordos internacionais visando a uma produção agrícola sustentável e com baixas emissões de carbono. O país está comprometido com a redução do desmatamento e quer conhecer melhor o trabalho desenvolvido no Brasil pelo Grupo de Trabalho da Soja.

O evento terá um grande painel que debaterá as lições aprendidas 13 anos depois da vigência da Lei de Desflorestamento Zero, no Paraguai. Também será apresentado o tema “cadeias de fornecimento livres de desmatamento – contexto e compromissos globais”.

Fonte: Abiove

Oferecimento: