07 jul de 2019
Brasil – Agricultura – Analise semanal do mercado da soja

As cotações da soja, sob impacto do relatório de estoques trimestrais em particular, e do avanço no plantio da soja nos EUA, acabaram cedendo nesta semana mais curta em Chicago (quinta-feira, dia 04/07, foi feriado relativo ao dia da Independência nos EUA). Assim, o fechamento do dia anterior ficou em US$ 8,85/bushel, contra US$ 8,87 uma semana antes. Inclusive, no dia 02/07 o primeiro mês cotado chegou a bater em US$ 8,76/bushel, após ter alcançado US$ 9,15 oito dias úteis antes. A média de junho ficou em US$ 8,89.

A semana iniciou com a surpresa do relatório de plantio, informado no dia 28/06, o qual trouxe um recuo de 10% na área de soja em relação ao ano anterior. Todavia, o mercado desconsiderou parcialmente esta informação, pois tal plantio continua sendo realizado, tendo atingido a 92% da área no dia 30/06. Assim, é provável que, mesmo fora da janela ideal, o plantio da oleaginosa nos EUA venha a ser concluído em sua integralidade. Neste sentido, ganha importância o relatório de oferta e demanda, previsto para o dia 11/07, porém, o relatório que deve realmente atualizar e fixar a área definitivamente semeada será o de agosto próximo.

 

Ao mesmo tempo, o mercado se fixou muito mais no segundo relatório informado no dia 28/06, que foi o dos estoques trimestrais na posição 1º de junho. O mesmo apontou um aumento de 47% sobre o volume existente no mesmo período do ano anterior. Isso significa um estoque de 48,7 milhões de toneladas. Mesmo assim, o mercado esperava um volume um pouco superior a este.

Quanto as condições das lavouras de soja já semeadas, as mesmas, até o dia 30/06, apresentavam-se com 54% entre boas e excelentes condições, 35% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Esta baixa qualidade, por enquanto, poderá pesar mais adiante para novas altas em Chicago, se a mesma não se reverter. Neste sentido, é bom frisar que o clima está positivo, neste momento, para o desenvolvimento das lavouras nos EUA.

 

Sobre o litigio comercial entre EUA e China, os dois países retomaram as negociações a partir da reunião conjunta realizada Japão, no último final de semana de junho, por ocasião do G20. Com isso, o mercado em Chicago ganhou um pouco mais de ímpeto, embora não sendo suficiente para manter o bushel acima dos US$ 9,00 para o primeiro mês cotado. Afinal, o mercado está consciente de que o litígio deve ainda demorar e, por enquanto, não há sinalização de novas compras de soja estadunidense por parte dos chineses.

 

Aqui no Brasil, os preços se mantiveram relativamente estáveis, porém, com viés de baixa já que houve algum recuo na média dos lotes em particular. Ajudou para isso a manutenção de um câmbio ao redor de R$ 3,84 por dólar em grande parte da semana, assim como prêmios nos portos em baixa, registrando valores entre US$ 0,75 e US$ 1,08/bushel.

Assim, a média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 72,03/saco, enquanto os lotes giraram entre R$ 76,00 e R$ 77,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram da seguinte forma: no Paraná, entre R$ 74,00 e R$ 75,00; no Mato Grosso entre R$ 62,00 e R$ 69,00; no Mato Grosso do Sul entre R$ 66,00 e R$ 68,00; em Goiás em R$ 66,50; em Santa Catarina entre R$ 78,00 e R$ 79,00; em Pedro Afonso (TO) R$ 68,00; e em Uruçuí (PI), R$ 70,00/saco.

Fonte: CEEMA

 

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