17 mar de 2018
brasil – Agricultura – Aprenda o jeito certo de aplicar o “refúgio” para proteger soja e milho e reduzir custos na produção
pragas lagartas milho

Todos os anos fabricantes apresentam ao mercado novos herbicidas, sementes e cultivares. E agricultores buscam soluções de autoatendimento para suprir demandas de seus cultivos, como a frequente procura por sementes transgênicas junto ao Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Entretanto, segundo a própria Embrapa, o que muitos produtores não sabem, é que é possível trabalhar com o que já existe no mercado sem perder produtividade nem dinheiro: aplicando refúgio em suas plantações.

Basicamente, em uma plantação com tecnologia transgênica resistente a insetos-praga, é preciso inserir o refúgio, uma parte do cultivo, com material “comum”, não transgênico, a fim de manter a população de pragas sensíveis. O que preserva a eficiência daquelas sementes.

 

Sem essa técnica, porém, é possível que com o passar do tempo uma espécie de lagarta possa se adaptar à uma região de cultivo, depois de contínua multiplicação, aponta o pesquisador da área de Fitotecnia da Embrapa Milho e Sorgo, Emerson Borghi. E quem sai mais prejudicado nesse cenário é o agricultor. “As sementes representam 30% dos custos da produção”, comenta Borghi. Além disso, com a eventual perda da safra por causa de pragas, são necessários novos investimentos em pesquisas em novas tecnologias. O que acarreta um intervalo considerável de tempo até uma nova solução ser apresentada ao mercado.

 

Em 2015, no Mato Grosso, a Embrapa e a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja) constataram durante o Circuito Tecnológico – Etapa Milho que o refúgio era usado em 100% das propriedades visitadas, embora a maneira correta de utilizar a técnica não fosse totalmente compreendida pelos produtores.

De acordo com guia “Área de refúgio. Recomendações de uso para o plantio de milho trânsgenico Bt” da Embrapa Milho e Sorgo, o percentual da lavoura que deve ser plantado como refúgio depende do evento transgênico utilizado e devem ser obedecidas as regras da empresa registrante de cada evento. A área de refúgio não deve estar a mais de 800 m de distância das plantas transgênicas. Esta é a distância máxima verificada pela dispersão dos adultos da lagarta-do-cartucho no campo.

 

O material traz ainda três sugestões de áreas refúgios: duas para plantios que dependem exclusivamente de água da chuva, esses em formato ou quadrado ou retangular – e um, em formato redondo, para cultivos que utilizam sistema de irrigação de 360 graus.

Borghi ressalta que com a alta disponibilidade de híbridos de alta tecnologia – 284 (*) cultivares de milho resistentes a insetos da ordem lepidóptera e/ou com resistência a herbicidas -, associados às boas práticas de manejo e ao uso de fungicidas e tratamento industrial de sementes para controle de sugadores, a garantia de proteção da lavoura é certa e as chances de sucesso altíssimas.

Fonte: Agrishow Digital

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(*) Número disponível até a data de publicação do artigo original.

Texto originalmente publicado em:
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