Foram divulgados pelo Imea os novos dados de comercialização da safra 16/17 de milho de Mato Grosso. Até o mês de agosto 79,49% do cereal mato-grossense foi comercializado, com variação mensal de 6,48 p.p. Com isto, cerca de 2 milhões de toneladas de milho foram negociadas no último mês, cotadas em média a R$ 15,98/sc no Estado, totalizando 24,21 milhões de toneladas vendidas, com preço médio ponderado de R$ 16,79/sc, até o momento. O avanço deste mês novamente ressaltou a importância dos leilões públicos nas vendas, que ditaram o ritmo das negociações, além disso, a demanda do confinamento também influenciou nos negócios em certas regiões. No entanto, retirados estes fatores, as vendas em agosto foram pontuais, e com a previsão de encerramento dos leilões para os próximos meses, a tendência poderá ser de um cenário truncado e de negócios cada vez mais pontuais para o mercado do cereal.

 

Alguns destaques do boletim:

• O preço do milho disponível fechou a semana com ganho de 1,64%, com cotação média de R$ 12,53/sc.
• O contrato da CBOT dez/17 apresentou recuo de 1,91%, devido, sobretudo, às revisões de dados para baixo das lavouras realizadas pelo USDA.
• O preço paridade para jul/18 encerrou a semana com alta de 0,75%. Apesar de o dólar fechar negativamente, o ganho da CBOT foi suficiente para se manter do lado positivo.
• As exportações de milho mato-grossense fecharam o mês de agosto com 3,01 milhões de toneladas enviadas ao exterior, aumento de 75,28% ante o mês de julho.

 

Foram divulgados pelo USDA os dados de exportações de milho norte-americano, que marcam o fim do ano-safra. Deste modo, as exportações para a safra 16/17 consolidaram-se em 55,39 milhões de toneladas, mantendo-se 8,71 milhões de toneladas acima do total registrado na safra 15/16, porém, 1,12 milhão de toneladas abaixo do volume projetado para esta safra pelo departamento. Caso as vendas pendentes, de 1,01 milhão de toneladas, não sejam incorporadas nos próximos meses, estes volumes podem refletir nos estoques iniciais da próxima safra, caso sejam, esta diferença se reduziria a apenas 112,7 mil toneladas, o que não traria grandes reflexos ao balanço de oferta e demanda mundial. Assim, diante deste cenário mundial ambíguo, os produtores devem ficar atentos às próximas informações, a fim de se posicionarem no mercado para a próxima safra e aproveitarem as melhores oportunidades que possam surgir.

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Fonte: Imea

 

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