11 set de 2017
Brasil – Agricultura – As cooperativas e a situação do país

Por Ivan Ramos – diretor executivo da Fecoagro

As principais lideranças do cooperativismo de SC estiveram reunidas na semana passada na Grande Florianópolis. O tradicional Fórum Catarinense de Dirigentes Cooperativistas organizado pela Ocesc e Sescoop, tem sido um importante espaço para ampliação dos conhecimentos dos dirigentes e atualização de informações sobre a situação econômica e política do país.

 

Neste ano com palestrantes gabaritados, diferentemente de alguns de eventos anteriores, mereceram os mais expressivos elogios sobre as informações e a didática comunicativa adotada na transmissão das informações.

Dois temas interessantes foram abordados: intercooperação e a situação política e econômica do país, com enfoque na crise que o Brasil está enfrentando no momento, especialmente em nível federal.

 

A intercooperação, sistema que a Fecoagro vem pregando e praticando há muito tempo em nosso Estado, inclusive recomendado pela OCB, por ser o sexto princípio do cooperativismo, foi mostrando em dois cases existentes em SC e dissecado filosoficamente pelo palestrante Marcelo Prado, que também defende essa tese pelo país a fora, e como dizem alguns, algo que é óbvio no cooperativismo, mas que nem sempre é executado por vários motivos elencados pelo palestrante.

 

Espera-se que os modelos mostrados, um diferente do outro, mas ambos de intercooperação, sirvam para abrir os olhos de muitos dirigentes e que a carapuça tenha servido para aqueles que falam, mas não praticam a intercooperação, embora no dia a dia nas cooperativas defendam a união dos associados em torno da sua entidade. E isso não deixa de ser um modelo de intercooperação.

 

Nos bastidores do evento, e esses momentos também são altamente positivos para interelacionamento entre os dirigentes dos de 10 ramos de cooperativas que estavam presentes, um assunto dominou nas rodinhas e os ambientes descontraídos. A nossa situação política do país. Em se falando de economia, mesmo antes das informações importantes apresentadas pelo palestrante Eduardo Gianetti da Fonseca , já se sentia que há um relativo otimismo às mudanças que vem acontecendo, reduzindo a recessão e aumentando as perspectivas positivos no país.

 

Mas na esfera política, a decepção com os nossos líderes nacionais continuam cada vez maior. Um determinado líder do nosso cooperativismo foi preciso em duas afirmativas que precisamos refletir: há necessidade de melhor educar nosso povo. Não apenas nas escolas apreendendo o bê-á-bá, mas no comportamento das pessoas nas ruas, nas cidades e nas comunidades. É lamentável como as pessoas estão desobedientes às leis, agressivas, e provocadoras de tragédias familiares no meio em que vivemos. Se não mudarmos a cultura de cada um pensar no seu e dos espertos levar vantagens sobre os outros, não teremos um país de futuro. Ganhar tirando e crescer derrubando o outro, não pode ser regra numa sociedade.

 

De outra parte, diz o cooperativista, há necessidade de mudanças de conceito nas escolhas políticas. Precisamos ser mais seletivos com os candidatos em que vamos votar nas próximas eleições. As falcatruas que estamos vendo diariamente na mídia são simplesmente horrorosas, e os caciques da nossa política vem sendo os envolvidos e sempre têm levado vantagens. Muitos bons candidatos ficam na estrada porque não participam de imoralidades.

 

O mesmo líder que ouvimos nos intervalos do Fórum de Dirigentes, e que certamente transmitiu a opinião da grande maioria dos presentes profetizou: agora é a hora de separar o joio do trigo. Todos os partidos estão envolvidos em falcatruas. Seus principais líderes estão atolados na corrupção e estão levando vantagens sobre a população. Precisamos fazer uma limpa, trocando os caciques que sempre dominaram na política para se eleger, com atitudes nada republicanas. Mas se estão lá foi porque alguém votou neles. E isso tem a ver com o cooperativismo? Claro que sim, afinal estamos no meio de um foco de decisões políticas que afetam ao toda população e quem trabalha corretamente, como é o sistema cooperativista, será sempre o primeiro a ser prejudicado. Portanto, vamos começar a mudar esse país, trocando os maus políticos. E perto de nós sempre temos alguém assim. Pense nisso.

 

Fonte: Fecoagro

 

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