Grãos de soja produzidos pela C.Vale em SC e RS abastecem produtores do PR e MS
Um município catarinense de 17 mil habitantes cortado pelo rio Chapecó, na divisa com o Paraná, é o responsável pela produção de boa parte das sementes de soja comercializada pela C.Vale. Terra natal de Falcão, o jogador de futebol que ganhou o título de Rei de Roma, Abelardo Luz é “rei” da semente de soja do Brasil, conforme lei sancionada em 2014. As temperaturas amenas garantidas pelos 760 metros de altitude são ideais para a produção de sementes em lavouras que ocupam grande parte dos 955 quilômetros quadrados do município.
É lá que Diego Griebler cultiva 500 hectares com variedades recomendadas pela C.Vale para atender produtores do Paraná e Mato Grosso do Sul, bem longe da origem. “A gente está bem consciente da responsabilidade que tem em produzir essas sementes e em dar a possibilidade de outros produtores terem uma lavoura de ponta”, diz. Para isso, é preciso utilizar alta tecnologia e contar com apoio técnico da cooperativa. “A assistência técnica e a acessibilidade do pessoal, tanto da parte comercial quanto da agronômica, são muito boas. A gente se sente em casa trabalhando com a C.Vale”, avalia Griebler, que produz sementes em outros 300 hectares em Clevelância (PR) e Erval Seco (RS).
As sementes produzidas por Diego Griebler ajudaram associados como Iranei Machado, de Mamborê (PR), a melhorar o desempenho da lavoura. Os 121 hectares que ele cultivou no interior do município do centro-oeste do estado renderam, em média, 77,7 sacas/hectare na safra 2016/17. “Foi um espetáculo, fiquei muito contente. O clima ajudou bastante. Vou repetir as variedades na próxima safra”, conta Machado, que na safra anterior utilizou sementes caseiras. A satisfação do associado se deve não só ao fato de ele ter produzido 8% a mais que as 71,5 sacas/hectare da temporada 2015/16. Iranei fechou contrato e vendeu parte da produção a R$ 74,00, valor bastante superior ao praticado depois do término da colheita no Paraná.