30 mar de 2020
Brasil – Agricultura – Calma e caldo de galinha não faz mal a ninguém

Por Ivan Ramos
Diretor Executivo da Fecoagro. 

Existem muitos adágios populares que retratam verdades que ninguém pode negar. Quem insistir contra os fatos, não terá outro destino senão a frustração, e fatalmente a perda do Poder. Isso vale em todos os níveis: políticos, empresariais ou institucionais. Não dá pra tapar o sol com peneira, e esse é  um dos ditados que são verdadeiros.

O problema que o país e o mundo estão vivendo com a gripe do Coronavírus, está mexendo com os brios de muita gente, derivando para posições pessoais, interesses políticos e muitas vezes econômicos, em diversos setores.

Que se trata de um problema de saúde publica é inegável, mas está sendo misturado alhos com bugalhos. A reação de cada  autoridade  ou personalidade a seu modo, ao invés de contribuir para amenizar o problema, tem o agravado. Situação e oposição aos governantes se afrontam, se atacam, se ofendem, e cada vez mais acirram as divergências ideológicas e partidárias.

Está claro que a área técnica do governo federal está funcionando bem, e com competência enfrentando o problema. Nos estados da mesma forma. Agora quando entram os caciques do Poder a confusão se aflora.

Independentemente das preferencias partidárias, há que se reconhecer que a equipe do Governo Federal vai bem, e tem mostrado resultado nas ações para recuperar a economia e os empregos. Só não vê, quem não quer. Porem, com todo o respeito, o nosso presidente da republica muitas vezes gosta de criar polemica sem necessidade. Perde a oportunidade de ficar calado.

Os seus adversários,  que têm pouco de patriotismo, se aproveitam da situação para ressaltar os erros e não reconhecem os acertos, e a repercussão nacional passa a ser inevitável, pois parte da mídia também gosta de colocar mais lenha na fogueira. Os motivos desse comportamental da mídia são questionáveis e quem perde é o país.

Há quem diga que essa mídia perdeu as benesses dos governos anteriores, e outros dizem que é por questões pessoais de editores e de donos dos órgãos da imprensa, e então provocam o presidente, e ele não sabe se conter em dar o troco.

E o povo fica no meio pagando a conta. É verdade que existem medidas acertadas e que estão dando resultados, mas também há que se definir para alguém ter o controle da situação. Se precisa voltar atrás em alguma decisão, que o faça, e não por prepotência, queiram mostrar quem manda mais. O isolamento social é necessário para conter o vírus, mas chega um momento que precisa ser revistas algumas medidas. Com critérios e gradativamente.

A economia não pode parar totalmente, porque senão, quem não morrer com o vírus vai morrer de fome lá na frente. Cabe ás lideranças politicas deste país, mediar os conflitos, mas parece que não se entendem e cada uma quer impor a sua opinião. O setor agropecuário mais uma vez está sendo convocado para garantir o que todos nós precisamos. Alimentação. Só que para produzir, muitas vezes dependemos de outros setores e esses não podem ser paralisados. Talvez agora, muita gente consiga entender que comida não nasce nas gôndolas dos supermercados.

Portanto, já passou da hora de corrigirmos os erros, superamos egos e partir para a união de esforços para o mesmo lado, sem demagogia, que agressões  sem pretensões politicas. O mundo todo está vendo algo inédito: acabaram-se as classes sociais. A Coronavírus atingiu a todos indistintamente.

Pode ser que agora, os “poderosos”, os arrogantes, os metidos, parem para pensar que dinheiro não compra tudo. Todos nos somos iguais, temos que nos preocupar que precisamos olhar para nós e ao próximo. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro

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