11 jan de 2024
Brasil – Agricultura – Calor excessivo e seca impactam a produção brasileira e produtores precisam estar atentos a estratégias assertivas antes e durante a safra

Melhoramento genético, manejo eficaz da irrigação, utilização de nutrientes e micronutrientes, além do uso de biofertilizantes estão entre as ações a serem adotadas nas principais culturas

São Paulo, 11 de janeiro de 2024 – A produção agrícola brasileira está sofrendo com o calor excessivo e pela seca que acontece na maioria das regiões do País. Os efeitos do estresse térmico e hídrico nas culturas depende da espécie, do estádio de desenvolvimento da cultura e duração da exposição das plantas ao estresse. Porém, algumas estratégias podem ser utilizadas pelos agricultores para maior tolerância das plantas ao estresse para aumentar a produtividade mesmo em condições ambientais adversas.

De acordo com Karla Martins, engenheira agrônoma, doutora em Fisiologia Vegetal e consultora de Desenvolvimento Técnico da ICL, o melhoramento genético das plantas se apresenta como uma das ações propostas para melhorar a tolerância das culturas às mudanças climáticas, estratégia que deve ser adotada no planejamento da safra. “Ainda, por meio do melhoramento tradicional, da seleção de cultivares com tolerância ao estresse e também da bioengenharia de planta, como a superexpressão de genes-chave envolvidos na tolerância ao estresse abiótico, é possível minimizar os impactos do clima”, explica Karla.

Práticas agrícolas já conhecidas pelos agricultores também estão entre as estratégias potenciais de manejo para melhorar a tolerância das culturas às adversidades climáticas como o manejo eficaz da irrigação, a utilização da cobertura vegetal do solo com palhada, a rotação de culturas e o sombreamento utilizando telas ou espécies arbóreas, reforça a engenheira agrônoma. A correção do solo e a nutrição equilibrada, atendendo às necessidades nutricionais da cultura ao longo do ciclo, também tem um papel fundamental no metabolismo da planta contribuindo para uma maior tolerância ao estresse. Nutrientes como o fósforo, cálcio, boro e zinco afetam o crescimento do sistema radicular.

Clique Para Download

“O potássio, por exemplo, influencia a abertura e o fechamento estomático e turgidez das células, enquanto os micronutrientes estão envolvidos na ativação de enzimas do metabolismo antioxidante. Em situações de estresse, ocorre a produção de espécies reativas de oxigênio e o acúmulo dessas moléculas danifica os componentes celulares, então, para se protegerem, as plantas dispõem de um mecanismo de defesa, que elimina essas substâncias que causam danos nas células, mantendo a integridade celular e o funcionamento do metabolismo da planta”, detalha Karla. Cobre, manganês, molibdênio, níquel e zinco são exemplos de micronutrientes ativadores dessas enzimas, potencializando a atividade das enzimas que estão envolvidas no metabolismo antioxidade, protegendo a planta dos efeitos negativos que o estresse pode ocasionar, permitindo uma maior tolerância das culturas mesmo em condições ambientais desafiadoras ao cultivo.

Outra estratégia de manejo a ser adotada é a utilização de micro-organismos benéficos, incluindo bactérias e fungos, que desempenham um papel significativo na tolerância das plantas ao estresse. “Ao colonizar o sistema radicular das plantas, algumas bactérias produzem substâncias que hidratam as raízes, formando um biofilme e também estimulando a produção de fitormônios que ajudam no crescimento das raízes mesmo em condições ambientais adversas”, destaca Karla.

A aplicação de biofertilizantes (extratos de algas, substâncias húmicas, aminoácidos, reguladores vegetais, nanopartículas) também aumenta a tolerância das plantas ao estresse por meio de diferentes mecanismos, como o estímulo ao crescimento das raízes, a ativação do metabolismo antioxidante, com o acúmulo de osmorreguladores, interferindo na regulação hormonal, potencializando a fotossíntese e a absorção de água e nutrientes.

“Todas as estratégias citadas acima podem ser adotadas e, quando bem utilizadas e adequadas ao manejo de cada fazenda, contribuem para o sucesso da produção agrícola, tendo um papel relevante no desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira”, conclui Karla.

Sobre a ICL

ICL Group Ltd. é uma empresa global líder em minerais especializados, que desenvolve soluções impactantes para os desafios de sustentabilidade da humanidade nos mercados de alimentos, agricultura e indústria. A ICL utiliza seus recursos exclusivos de bromo, potássio e fosfato, sua força de trabalho profissional global e sua P&D focada em sustentabilidade e recursos de inovação tecnológica para impulsionar o crescimento da empresa em seus mercados finais. As ações da ICL são listadas duplamente na Bolsa de Valores de Nova York e na Bolsa de Valores de Tel Aviv (NYSE e TASE: ICL). A empresa emprega mais de 12,5 mil pessoas em todo o mundo e sua receita em 2022 totalizou aproximadamente US$ 10 bilhões. Na América do Sul, a ICL controla também as marcas Dimicron, Maximus e Aminoagro. Para obter mais informações, visite o site da empresa em www܂icl-group܂com.

Fonte: Ascom ICL

Oferecimento:

77 9 9926-6484 / 77 9 9979-1856