03 nov de 2016
Brasil – Agricultura – Chove forte no centro e Norte do Brasil na segunda quinzena de novembro

Algumas cidades vão receber de 60 a 120 milímetros de chuva acima do normal

A primavera vem apresentando grande oscilação meteorológica. Em alguns dias, houve chuva concentrada sobre o Norte e o Nordeste, como aconteceu em setembro; outras vezes, a chuva ficou concentrada sobre a Região Sul, como foi em outubro. Para novembro, as simulações vêm insistindo em chuvas bem acima da média, que podem registrar entre 60 e 120 milímetros a mais que o normal, em parte do Centro-Norte do Brasil. O leste de Mato Grosso, sudeste do Pará, Tocantins, extremo sul dos estados do Maranhão e Piauí, boa parte da Bahia, Distrito Federal e norte dos estados de Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo são áreas onde vai chover acima do normal.

Na primeira semana de novembro, uma frente fria vai manter a chuva concentrada sobre os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás. Atenção também para a região amazônica, incluindo o estado de Mato Grosso, área que não receberá chuva significativa nesta primeira quinzena. Já a Região Sul, depois de um mês com chuva acima da média, deverá enfrentar um novembro mais seco que o normal, algo que será mais sentido no Rio Grande do Sul, sobretudo durante a segunda quinzena do mês.

Nas faixas leste e norte do Nordeste e no litoral da Região Norte, o mês de novembro apresentará chuva dentro da média, o que significa que o período será seco. A previsão não indica grandes anomalias de calor, algo normal em períodos em que o Pacífico equatorial central se mostra mais frio que o normal. Destacamos calor acima da média no Rio Grande do Sul, Maranhão, Pará, Amapá, Roraima e Amazonas. Por outro lado, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, haverá excesso de nuvens, não obrigatoriamente com chuva. Essa nebulosidade deixará a temperatura menos elevada que o normal em novembro. Já na maior parte do Brasil, não há previsão de grandes anomalias positivas ou negativas de temperatura.

Para o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro, não aparecem grandes anomalias de chuva no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Isto quer dizer que em uma área que começa no Rio Grande do Sul e termina no centro de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, a chuva será mais irregular comparada ao último período das águas influenciado pelo El Niño. Não há previsão de seca, mas devem aparecer estiagens regionalizadas no período. Confira os boletins regionais aqui no site ao longo desta semana, para saber o comportamento do clima nos próximos três meses.

No Oceano Pacífico equatorial central, a temperatura permanecerá levemente mais baixa que o normal até o fim do verão, sendo que os maiores desvios negativos (em torno de -0,5°C) acontecerão até o início do verão. Durante o outono e inverno, por enquanto espera-se um padrão mais próximo da neutralidade. Os órgãos internacionais de meteorologia voltaram a mencionar a presença de um La Niña fraco neste momento, situação que permanecerá até o trimestre novembro-dezembro-janeiro. Posteriormente, trabalha-se com a hipótese de neutralidade ao longo de 2017.

Pryscilla Paiva, editora de Tempo do Canal Rural

 

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