03 dez de 2018
Brasil – Agricultura – Começa a clarear a face do novo governo

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro

Ainda em um período de indefinição do futuro político no Estado e no País, as preocupações ainda persistem, embora em nível federal comecem a clarear a face do novo governo. Evidentemente que deverá haver mudanças de comportamento em relação aos últimos quatro governos, e isso não é novidade. Em todo o período de campanha eleitoral, e até antes disso, o presidente eleito pregava abertamente que pretendia dar uma guinada no sistema atual, atendendo a demanda de mudanças que a população queria. Ser um candidato muito questionado e até muitas vezes acusado injustamente obteve a vitória nas urnas, é natural que agora queira colocar em prática o que prometeu.

 

Também é verdade que já houve modificações de muitas coisas prometidas, mas não se pode esperar mudanças radicais de uma hora para outra em um sistema que já estava enraizado e com fortes tendências e práticas estatizantes e esquerdistas, e agora o rumo é outro.

O anúncio da equipe até agora conhecida teve boa repercussão em todos os segmentos, menos, evidentemente nos adversários mais radicais e que pregavam atitudes ideológicas. Agora basta esperar a posse e ver a prática das medidas anunciadas.

 

Em nível de Estado de SC, as coisas ainda estão bastante obscuras. Nos bastidores se comenta que o novo governador somente vai anunciar nomes que comporão sua equipe, depois que tiver projeto da estrutura administrativa. Não deixa de ter lógica essa atitude, porém os demandadores de serviços públicos estão apreensivos porque a data da posse está se aproximando e não se sabe a quem se dirigir para saber das sequências dos projetos em vigor, nem das intenções do novo governo.

No meio agropecuário existem muitas pendências que se planejam em novembro e dezembro para execução no ano seguinte e, por enquanto, nada está sendo tratado. De outra parte também não se vê nenhuma manifestação oficial das entidades estaduais do setor agrícola, apresentando propostas ou sugestões de nomes para o novo governo.

 

É legítimo os setores organizados e publicamente reconhecidos como representativos apresentar sugestões aos novos governantes, mas ninguém se mexeu até agora. Um governo novo com escassa vivência em administração pública, especialmente na agricultura, se não obtiver subsídio do que é mais importante e de quem poderia conduzir essa política, pode até ter boas intenções, mas corre o risco de errar nas nomeações e retroceder em muitas projetos que já são reconhecidos como exemplar em nível de País.

A verdade é a seguinte no que diz respeito ao posicionamento do setor agropecuário e cooperativista: Quem cala, consente, portanto, se as nomeações que virão não agradarem, não adianta chorar o leite derramado. Pense nisso.

 

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