30 jan de 2019
Brasil – Agricultura – Confira a previsão do tempo para todo o mês de fevereiro

Chuva aumenta no Sudeste e Centro-Oeste e enfraquece no Sul; temperaturas seguem elevadas na maior parte do país

Simulações mais recentes mantêm a chuva acima da média para o Sul em janeiro, porém com maiores intervalos de tempo seco entre os episódios e precipitação mais frequente e próxima da média na maior parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

No Nordeste e no Tocantins e no leste do Pará, a frequência de chuva também aumenta comparando-se com janeiro, mas ainda não alcança a média histórica. Já no Acre, Rondônia e sudoeste do Amazonas, área que recebeu elevado acumulado de chuva em janeiro, a precipitação ainda será frequente em fevereiro.

 

A temperatura vai permanecer mais elevada que o normal em todas as regiões, mas o calor não será tão persistente como foi em janeiro no Sudeste, especificamente. Por outro lado, o Nordeste ainda vai registrar desvios acima dos 5°C na máxima. No Sul, Centro-Oeste e Norte, não há previsão de grandes mudanças no comportamento da temperatura comparando-se com janeiro.

Nova call to action

Em março, com a intensificação da Zona de Convergência Intertropical, a chuva finalmente aumentará sobre o Nordeste e porção leste da Região Norte. Apesar disso, dificilmente vamos registrar os mesmos acumulados extraordinários observados no verão passado que estávamos sob o efeito do La Niña.

No Paraná e nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a chuva será mais irregular, mas não aparecem desvios negativos tão intensos como os registrados em janeiro. Além disso, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, embora não seja regular ao longo do mês, a precipitação ficará acima da média em março.

 

A temperatura vai permanecer mais elevada que o normal em boa parte do Brasil, mas com extremos mais modestos, especialmente no Norte e Nordeste. O outono de 2019 será diferente da mesmas estação de 2018. Um ano atrás, sob atuação de um fenômeno La Niña, observou-se estiagem prolongada no centro e sul do Brasil (Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul). Por outro lado, a chuva demorou mais a terminar no Norte, Nordeste, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Em 2019, com o Pacífico aquecido, espera-se situação inversa. A chuva não cortará repentinamente, mas o mês de abril não será tão chuvoso como o observado em 2018 no Norte, Nordeste, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Por outro lado no centro e sul do Brasil, a tendência é de um outono mais chuvoso.

Normalmente, a chuva em abril costuma ser mais intensa no Rio Grande do Sul, mas a precipitação costuma migrar na direção do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul mais para o fim do outono. A temperatura permanece mais elevada que o normal na maior parte do Brasil e espera-se uma demora maior no aparecimento das primeiras grandes ondas de frio em 2019.

 

Janeiro

 

Janeiro termina com excesso de chuva no Rio Grande do Sul e baixa pluviosidade na maior parte do Brasil. A formação de um bloqueio atmosférico trouxe chuva forte para o Rio Grande do Sul, além do Uruguai e Argentina em meados de janeiro. Antes do término do mês, o acumulado passava dos 600 milímetros em Uruguaiana e variava entre 500 milímetros em Dom Pedrito, Quaraí e Santana do Livramento. No caso de Uruguaiana, o atual acumulado é o maior de sua história (dados do INMET desde 1961). Até então, o mês mais chuvoso havia sido novembro de 2009 com aproximadamente 570 milímetros.

 

Por outro lado, a chuva ficou bem abaixo da média no norte de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Nos dois primeiros decêndios de janeiro, choveu pouco mais de 15 milímetros em Paracatu (MG). Com mais 55 milímetros esperados até o fim do mês, estimam-se 70 milímetros, que faria com que o município tivesse seu terceiro janeiro mais seco da história (desde 1973, ano de instalação da estação).

 

O oceano Pacífico está mais quente que o normal desde meados de 2018. Mas, em função do pouco desvio registrado, com águas pouco acima de 0,5°C acima da média, a atmosfera não respondeu como El Niño durante todo o semestre passado.

Diante disso, naturalmente há diferenças climáticas em relação ao verão passado, já que em 2018, o Pacífico estava mais frio que o normal. Mas falta a persistência, fator característico de um El Niño clássico. Por isso, depois de um janeiro quente e com estiagens na maior parte do Brasil, a precipitação retornará ao Sudeste e Centro-Oeste.

 

Pryscilla Paiva, editora de Tempo do Canal Rural

Fonte: Canal Rural

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