17 mar de 2017
Brasil – Agricultura – Custo com fungicidas para soja aumenta nas safras 15/16 e 16/17

Os gastos com a compra de fungicidas nas safras de soja 2015/16 e 2016/17 aumentaram fortemente nas principais regiões do Sul do País e do sul de Mato Grosso do Sul. Além da alta nos preços desses insumos, o clima chuvoso elevou o número de aplicações necessárias para controle de doenças em relação à temporada 2014/15.

 

Segundo levantamento do Cepea, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, o gasto com fungicida subiu 70% na safra 2015/16, em relação à temporada anterior. Em Guarapuava (PR), o custo com esses defensivos dobrou no período e, em Cascavel (PR), teve alta de 90%. Para safra 2016/17, o aumento médio do gasto com fungicidas no custo de produção foi de 33% em relação à temporada anterior. O aumento no preço dos fungicidas foi o principal fator dessa elevação dos custos.

 

Para o fungicida azoxistrobina + benzovindiflupyr, utilizado principalmente no controle da ferrugem, os desembolsos aumentaram 44% em 2016, frente a 2015, na média das regiões acompanhadas. A maior alta, de 74%, ficou com Guarapuava. Os defensivos utilizados na safra 2016/17 foram adquiridos antecipadamente, no correr de 2016.

 

Mais utilizado em todas regiões, o protioconazol + trifloxistrobina teve aumento mé- dio de 23% nos preços de venda entre as praças observadas em 2016. Em Cascavel, o fungicida chegou a ficar 35% mais caro que em 2015.

O preço do fungicida azoxistrobina + ciproconazol na safra 2015/16 subiu 31% frente à anterior, na média das regiões. Em Guarapuava, o produto encareceu 46% e, em Cascavel, 39% no mesmo período.

Utilizado com frequência ao longo da temporada 2015/16, o mancozebe teve aumento de 40% no preço médio de 2015 para 2016. Em Cascavel e Dourados (MS), o produto ficou 60% e 20%, respectivamente, mais caro.

 

APLICAÇÕES – Em Passo Fundo (RS), foram realizadas cinco aplicações de fungicidas nas safras 2015/16, uma a mais que na 14/15, seguido por Guarapuava, com quatro aplicações, e Cascavel e Dourados, com três aplicações cada.

 

Além da pulverização adicional de fungicidas, em todas as regiões, foram utilizados produtos mais caros no controle da ferrugem, como o azoxistrobina + benzovindiflupyr. Em Guarapuava, ainda foi verificada a aplicação de fungicidas protetores, como o mancozeb, em conjunto com os sistêmicos para controle da ferrugem, elevando os custos.

Já para a safra 2017/18, são observados preços de venda mais baixos para alguns produtos analisados. O azoxistrobina + benzovindiflupyr, insumo mais caro para controle de ferrugem, ficou, em média, 7% mais barato no primeiro bimestre de 2017 quando comparado ao mesmo período de 2016. Para o azoxistrobina + ciproconazol, houve redução de 5%.

 

+ ciproconazol, houve redução de 5%. Por outro lado, o protioconazol + trifloxistrobina encareceu, em média, 4% comparando-se os dois primeiros meses de 2017 com igual intervalo de 2016. O mancozeb também ficou mais caro no período: 3%, em média.

Figura 1 – Evolução do custo médio com fungicidas (R$/ha) nas regiões de Cascavel (PR), Guarapuava (PR), Passo Fundo (RS) e Dourados (MS) nas safras 14/15/, 15/16 e 16/17.

Fonte: Cepea e CNA (2017).
Fonte: Cepea e CNA (2017).

Figura 2 – Diferença nos preços de venda dos fungicidas analisados, entre as safras 15/16 e 16/17 nas regiões de Guarapuava (PR), Cascavel (PR), Passo Fundo (RS) e Dourados (MS).

Fonte: Cepea e CNA (2017).
Fonte: Cepea e CNA (2017).

Fonte: Cepea

Texto originalmente publicado em:
Cepea
Autor: Cepea – Esalq
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