Por: Alvacir Barbosa Ribeiro*

A produção mundial de milho para a temporada de 2016/17 é estimada em 1.065,11 bilhões de toneladas, conforme informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA), superior em 1,27% à produção obtida na temporada anterior de 2015/16. Conforme o USDA, os Estados Unidos obtiveram uma produção de 384,78 milhões de toneladas, participando com 36,12% da produção mundial. A mesma fonte mostra o Brasil com 96,0 milhões de toneladas e a Argentina com 40,0 milhões de toneladas. Com estas informações, constata-se que não houve mudanças no quadro de oferta e demanda de milho ao nível mundial.

 

A última estimativa da safra brasileira de milho para 2016/17, divulgada pelo IBGE mostra uma produção total (somatório da 1ª com a 2ª safras) de 96.957.141 toneladas. Nessa estimativa, os três estados maiores produtores de milho, em ordem decrescente são: Mato Grosso com 27,7 milhões de toneladas; Paraná com 18,6 milhões de toneladas; Goiás com 10,9 milhões de toneladas. Ressalte-se que a produção total de milho no Brasil obteve um crescimento de 52,34% em relação à safra anterior, conforme dados preliminares divulgados pelo LSPA/IBGE. Essa estimativa permite concluir que os três estados maiores produtores de milho tiveram aumento de produção em relação à safra anterior de 79,9%, 33,8% e 89,6% respectivamente.

 

A produção total de milho da safra 2016/17 para o Estado de Goiás é estimada pelo GCEA/Emater em 10.914.687 toneladas. O Quadro 01 mostra a produção total de milho em Goiá sem 2017(1ª e 2ª safras); bem como, a área plantada, produção e rendimento dos 20 municípios maiores produtores do Estado. Nele se observa que os 20 municípios maiores produtores de milho de Goiás são responsáveis por 79,45% da produção do Estado.

Quadro 01: Milho Total – Área Plantada, Produção e Rendimento dos Vinte Municípios Maiores Produtores de Goiás, 2016/17.

Os Quadros 02 e 03 mostram os dados esperados para a primeira e segunda safras de 2017, inclusive com as informações para os 20 municípios maiores produtores de Goiás. Registra-se que o aumento de produção obtido tanto na primeira quanto na segunda safra de milho de 2016/17 em Goiás de 89,6% se deve, em parte,a excelente distribuição das chuvas em quase todo o Estado.

Quadro 02:Milho 1ª Safra – Área Plantada, Produção e Rendimento dos Vinte Municípios Maiores Produtores de Goiás, 2016/17.

Quadro 03. Milho 2ª Safra – Área Plantada, Produção e Rendimento dos Vinte Municípios Maiores Produtores de Goiás, 2017.

No que se refere à comercialização, tem-se que o mercado de milho está definido por ajustes na oferta e, consequentemente, nos preços. Após a quebra de produção na safra anterior, devido ao clima, a grande expectativa é de recorde de produção nesta safra de 2016/2017, atribuído, em parte, a melhor distribuição pluviométrica ocorrida nas principais regiões produtoras de Goiás e do País. Durante o mês de julho de 2017, o preço médio de milho ao nível do produtor, levantado pela Emater, foi de R$ 20,09 por saco de 60kg-FOB. No ano anterior, em julho de 2016, o preço médio obtido foi de R$40,92/saco de 60kg-FOB, configurando um decréscimo de 203,67%, confirmando o que foi dito anteriormente, ou seja, os preços de milho no Brasil, por ocasião da colheita são extremamente sensíveis às variações de oferta e demanda. Na Bolsa de Mercadorias e de Futuros de São Paulo, o milho obteve as seguintes cotações, divulgadas em 18/07/2017: para setembro/2017atingiu R$26,25 por saca de 60kg e para novembro/2017  ficou em R$28,10/60kg. No mercado internacional, na Bolsa de Chicago, os preços futuros do milho, divulgados em 18/07/2017 para setembro/17 em US$ 3,77 por bushel (1 bushel de milho é igual a 25,40 Kg), equivalentes nesta data a cerca de R$28,05 por saco de 60kg, considerando o câmbio de 1 dólar igual a R$3,15.

 

Autor: Alvacir Barbosa Ribeiro é engenheiro agrônomo, mestre em Economia Rural e assessor de Economia Agrícola do GIT/Emater.

Fonte: Emater Goiás – Estado Inovador

 

 

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