Com sua vasta extensão territorial e recursos naturais abundantes, a Bahia desempenha um papel fundamental na economia agrícola do Brasil. O estado é lar de uma ampla variedade de culturas, desde a produção de grãos até frutas tropicais e cacau. Para garantir o desenvolvimento sustentável desse setor crucial e que representa cerca de 20% do PIB local, os engenheiros agrônomos e agrícolas desempenham um papel vital no estado.

Afinal, são os profissionais que unem a ciência e a prática, para impulsionar a agricultura baiana em direção a um futuro ainda mais promissor. E um complementa o trabalho do outro. Enquanto o agrônomo auxilia a produção, o engenheiro agrícola estuda as novas tecnologias que podem ser adotadas para que tudo possa ser agilizado. As possibilidades de trabalho neste ramo são vastas, assim como são imensos os desafios.

O mês de outubro é de celebração para as duas profissões e marca a regulamentação de cada uma. Desde o início do século XIX, a agronomia é uma prática profissional no Brasil e parte fundamental na consolidação do país como protagonista mundial no setor do agronegócio. A profissão do engenheiro agrônomo é regulamentada há 90 anos (12 de outubro de 1933) e sua história tem raiz baiana.

Nasceu na Bahia a primeira escola profissionalizante de engenharia agronômica. Foi em 1875, na comunidade de São Bento das Lages. Hoje, ela integra a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Nas últimas nove décadas, a profissão passou por diversas transformações e regulamentações. De modo geral, no entanto, os engenheiros agrônomos têm a responsabilidade de planejar, executar e gerenciar sistemas agrícolas eficazes e sustentáveis.

Na Bahia, que tem no agronegócio uma de suas principais atividades econômicas, os engenheiros agrônomos desempenham um papel central na busca por práticas agrícolas mais eficientes e amigáveis ao meio ambiente.

A crescente preocupação com as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir a emissão de carbono, chama os engenheiros agrícolas a desempenharem um papel tão crucial quanto ao do engenheiro agrônomo. A profissão surgiu na Europa do século XX e sua criação no Brasil nasceu com a criação do primeiro curso de engenharia agrícola, na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul. Isso em 27 de outubro de 1972.

Os engenheiros agrícolas chegaram para atuar no desenvolvimento e implementação de tecnologias sustentáveis. São exemplos a agricultura de precisão e o uso responsável de recursos hídricos. E em um estado onde é preciso uma delicada gestão da água, devido às condições semiáridas em algumas regiões, os engenheiros agrícolas têm a peculiar tarefa de otimizar o uso deste recurso básico, tornando a agricultura mais resiliente às secas.

O desenvolvimento sustentável na Bahia também está intrinsecamente ligado à preservação da biodiversidade e dos recursos naturais. Dessa forma, os engenheiros agrônomos e agrícolas desempenham um papel importante na promoção de práticas que conservem a flora e a fauna locais, bem como de contribuir para a restauração de áreas degradadas, a promoção da agroecologia e o uso responsável de agroquímicos, minimizando os impactos negativos sobre o meio ambiente.

Na vanguarda da pesquisa agrícola

Pesquisa e inovação são essenciais para o desenvolvimento sustentável e a Bahia tem grande potencial nessa área. Nossos engenheiros agrônomos e agrícolas estão na vanguarda da pesquisa agrícola, trabalhando em parceria com instituições acadêmicas e governamentais, para desenvolver soluções inovadoras e que atendam às demandas de uma agricultura sustentável.

O clima baiano, por exemplo, demanda por variedades de culturas adaptadas a ele, para permitir toda a produtividade e resistência dos agricultores do estado. Os engenheiros agrônomos e agrícolas também desempenham um papel educativo, que é primordial. Os profissionais estão aptos a fornecer treinamento e orientação aos agricultores locais relacionadas às melhores práticas agrícolas sustentáveis. Assim, a comunidade agrícola é capacitada a adotar métodos mais amigáveis ao meio ambiente.

Por todos esses valores, é que a atuação dos engenheiros agrônomos e agrícolas no desenvolvimento sustentável da Bahia não pode ser subestimado. Eles são como arquitetos de um futuro agrícola mais equilibrado, no qual a produção de alimentos está alinhada com a conservação do meio ambiente.

À medida em que enfrentamos desafios cada vez mais relacionados à mudança climática e à segurança alimentar, esses profissionais desempenham um papel essencial na construção de um futuro mais promissor para a agricultura baiana e, por extensão, para o Brasil como um todo. O que faz concluir que investir em sua formação e capacitação é fundamental para garantir um desenvolvimento sustentável e próspero no estado da Bahia.

Sobre o Crea-Ba: 

O Crea oferece serviços como registros, vistos e a emissão da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). A ART é um documento essencial para identificar os responsáveis técnicos nas áreas de Engenharia, Agronomia, Geociências e Urbanismo. Trata-se de um instrumento legal vital tanto para prestadores de serviços quanto para contratantes, permitindo a identificação da autoria, estabelecimento de regras contratuais e contribuição para a formação do Acervo Técnico Profissional.

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Fonte: Ascom Crea-Ba

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