18 nov de 2016
Brasil – Agricultura – INSTITUTO BRASILEIRO LANÇARÁ EM 2017 O PRIMEIRO TRANSGÊNICO DE CANA-DE-AÇÚCAR DO MUNDO

O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) lançará, no primeiro semestre de 2017, a primeira variedade transgênica comercial de cana-de-açúcar do mundo. A CTC 20, conhecida pela alta produtividade, terá resistência aos insetos, pois será modificada com a inclusão do gene Bt. A variedade será utilizada para o combate da praga Diatrea spp, a broca-da-cana, que traz perdas à cultura estimadas em R$ 3 bilhões por ano.

Segundo o gerente de negócios e biotecnologia do CTC, Virgilio Cesar Vicino, o dossiê com todos os estudos sobre a CTC 20 Bt será submetido à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e o processo deve demorar cerca de um ano para ser aprovado, por isso a data de lançamento comercial foi definida para o início de 2017.

– Mas a cana já pode ser encomendada com nossos representantes e, por conta da disponibilidade ainda restrita, será limitada no início – disse Vicino no 11º seminário Insectshow, em Ribeirão Preto (SP).

Vicino explicou que os agricultores terão de reservar um “refúgio” nos canaviais onde serão cultivadas as variedades transgênicas Bt, uma área estimada em 10% do total na qual será cultivada a cana convencional com o mesmo estágio de maturação. Esse refúgio será utilizado para evitar que as brocas ganhem resistência à variedade transgênica.

Além das variedades de cana resistentes às pragas e a herbicidas, o CTC desenvolve ainda outras variedades geneticamente modificadas, entre elas uma com entre 15% e 20% mais de açúcar que as convencionais. A variedade, desenvolvida em conjunto com a Bayer, deve chegar até 2020 no mercado e será destinada à produção de etanol, já que o açúcar disponível na planta não é cristalizável, de acordo com Vicino.

 

Centro de Tecnologia Canavieira (CTC)

Imagem: CTC/Reprodução

Imagem: CTC/Reprodução

O CTC foi criado em 1969, em uma iniciativa de um grupo de usinas da região de Piracicaba, a 160 km da capital paulista, com o objetivo de investir no desenvolvimento de variedades mais produtivas e agregar qualidade à produção de açúcar e álcool. Hoje, é o maior centro de pesquisa em cana-de-açúcar do mundo.

Em seus 42 anos de vida, o instituto deixou sua marca no desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar no Brasil. Nesse período, a produtividade da cana-de-açúcar aumentou cerca de 40%, a produtividade agroindustrial saltou de 2.600 para mais de 7 mil litros de etanol por hectare, enquanto o custo de produção caiu de cerca de R$ 3,00 para menos de R$ 1,00 por litro.

 

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