01 jun de 2017
Brasil – Agricultura – Melhora a produtividade de milho em SC

O Estado de SC consume o dobro do milho que produz. Todos os anos precisam trazer mais de três milhões de toneladas do cereal de outros estados e de outros países para poder suprir a demanda das agroindústrias e criadores de suínos, aves e leite.

O Governo do Estado mantém programas de incentivo ao plantio de milho, mas a área territorial limitada impede o aumento significativo da produção. A alternativa é melhorar a produtividade na mesma área.

A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de SC mantém dois programas importantes para ampliar a produção de milho em nosso Estado.  O programa Terra Boa, criado há mais de 15 anos com o nome Troca-troca, estimula o plantio pelos pequenos agricultores. São subsidiados os preços das sementes e do calcário, para reduzir os custos de produção e aumentar a oferta do cereal.

 

Esse programa é destinado a pequenos agricultores, pois cada produtor só pode retirar cinco sacos de sementes de milho e 30 toneladas de calcário. O Governo do Estado subsidia, aproximadamente, dois terços do custo do calcário e do frete até às cooperativas, e 100% do calcário para o agricultor que optar em retirar o produto nas mineradoras. Já as sementes de milho tem um subsídio de 30 por cento do custo.

 

Ivan Ramos, diretor executivo da Fecoagro, entidade que coordena os programas em nível estadual, lembra que essa modalidade de incentivo tem contribuído para que os plantadores de milho ampliem o uso de tecnologia no plantio. O programa oferece sementes mais produtivas e isso contribui para aumentar a produtividade. No ano passado foram subsidiados 206 mil sacos de sementes de milho e 230 mil toneladas de calcário nesse programa.

 

Novo programa em 2016

 

No ano passado, o Governo do Estado, a Fecoagro e as cooperativas implementaram outro Programa de Incentivo ao Plantio de Milho. Desta vez, destinado também a médios e grandes produtores. O objetivo é ampliar a área plantada e a produtividade.

Um pacote tecnológico com insumos de alta produtividade está sendo disponibilizado aos agricultores, para plantar o milho e só pagar os insumos com o produto da colheita. Nesse programa são ofertados dois pacotes diferentes. Um para quem pretende colher pelo menos 140 sacos por hectare e outro para quem quer ampliar ainda mais a tecnologia e colher no mínimo 170 sacos por hectare. O agricultor tem a opção de vender antecipadamente, antes do plantio, parte do milho estimado na colheita, com margem de pelo menos 30 por cento além do custo de produção.

 

No ano passado a adesão foi pouca, porque o milho estava com preços elevados e os agricultores achavam que o mercado iria ficar naqueles níveis. Aconteceu o contrário: quem não quis vender parte da produção a R$ 34,00 por saco, agora está vendendo a R$ 22/24, 00, perdendo mais de 11 reais por saco.

Mesmo assim o resultado foi positivo. Segundo o secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, se pretendia ampliar em 100 mil hectares a área de milho, mas não se chegou a 35 mil. Entretanto, por outro lado, a produtividade melhorou. Em 2015/16 a produtividade média do Estado foi de 7.423 quilos por hectare (123,72 sacos); e nesse ano da safra 2016/2017, o rendimento médio foi de 8.600 quilos por hectare (143,33 sacos). A área plantada cresceu apenas, três por cento, mas a produção cresceu quase 20%, portanto, valeu a pena melhorar a tecnologia de plantio.

 

Segundo dados divulgados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri, com base no levantamento de abril, houve municípios que colheram 10.429 kg por hectare, como foi o caso da região de Campos Novos e Curitibanos.  Xanxerê, Joaçaba, Chapecó e o Planalto Norte chegaram a colher quase 10 mil quilos por hectare. Produtividade recorde em nível nacional.

 

Proposta para 2017/2018

 

Para esse ano a Secretaria da Agricultura do Estado, que subsidia o seguro das lavouras a fim de garantir renda caso haja alguma frustração de safra, está com o programa pronto para ser lançado novamente. Já tem os custos de produção e está apenas aguardando o pronunciamento das agroindústrias se elas se dispõem a comprar antecipadamente um determinado volume de milho e pagar o preço com base nos custos de produção e uma margem para o agricultor.

 

As cooperativas já foram consultadas e estão dispostas a reeditar o programa, fornecendo os insumos para pagamento com a colheita no ano que vem. Aguardam-se para o início de junho as negociações com as agroindústrias. A ideia atual é praticar o mesmo preço do ano passado, embora o preço nesse ano tenha caído, mas não se sabe como será na próxima colheita em 2018.

Fonte: Fecoagro/SC

Texto originalmente publicado em:
Fecoagro/SC
Autor: Fecoagro/SC
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