Houveram alguns interessados que , inclusive, implantaram pequenas estruturas industriais (almazaras ou lagares) sem ter nenhuma produção. Essas ações ainda estão ocorrendo. Alguém que de repente pensa que descobriu uma mina de ouro. Enquanto esses descobridores estiverem agindo e gastando o seu capital que está sobrando e que se perderem não fará a menor falta tudo bem. O risco é fazerem com que outros investidores pequenos e médios entrem nesse jogo arriscando perder todo o capital de uma vida. De estragarem a realização de um sonho pela pressa e pela má orientação e de perderem algumas economias investindo mal que poderá fazer falta para tocarem a sua vida. A olivicultura sem estrutura já teve um revés na década de 60 por esse tipo de oba, oba. No RGS ainda temos resquícios disso.
Não temos técnicos especializados no tema no Brasil(precisamos formar gente fora do país) ainda para dar suporte a implantação de uma olivicultura como atividade profissional . As orientações estão sendo dadas por quase neófitos no tema em virtude de seus interesses financeiros mas sem nenhuma responsabilidade com a cultura, sua implantação e o resultado disso tudo . Precisamos lembrar que o plantio de oliveiras só começa a dar algum sinal de produção perto dos 5 anos após a planta estar no solo. Precisamos lembrar que existem oscilações de produção que são importantes e que não temos nenhuma ingerência sobre isso pois é uma característica da cultura
A Olivicultura,para citar alguns limites, tem uma trava que é de fundamental importância: FRIO. Regiões que não fazem frio não devem plantar oliveiras com fins produtivos. Elas cresceram e se desenvolverão mas não produzirão. Não há limite de território fora dessa trava.
Outra trava importante são as variedades e suas produtividades. Uma outra trava,também, importante para a implantação da olivicultura é o próprío setor em patamares mundiais e seus interesses dentro do mercado brasileiro. Se a olivicultura brasileira não for profissional e não estiver interagindo com o segmento mundial também está fadada a ter problemas e sucumbir com o tempo.
Temos dois grandes projetos pioneiros que começaram a olivicultura no Brasil : O projeto da Epamig em Minas Gerais e o projeto da “Cerro dos Olivais” em Caçapava do Sul que introduziu a olivicultura no RGS e temos a grande estrutura de apoio olívicola que trabalha a parte técnico/científica e interage com os grandes centros internacionais de estudos da oliveira no mundo que é a Associação Rio-Grandense de Olivicultores – ARGOS. Essas entidades trabalham forte para ajudar a desenvolver a olivicultura profissional no Brasil.
Resumo da ópera: para um trabalho de implantação sério precisamos de muito conhecimento e isso,infelizmente, ainda não temos. O potencial existe precisamos saber tirar proveito disso e dar o suporte necessário para esse desenvolvimento com segurança sem queimar etapas e mais cuidar para que não sejamos presas dos aproveitadores de plantão.
boa matéria, já tivemos a febre da avestruz,cogumelo, nogueira, mogno, abelhas nativas, bagre africano, entre outras. esquecemos do hábito de consumo e poder aquisitivo dos brasileiros, assim , muitos arriscam e alguns ganham.
E por ai a coisa. Precisamos dar a olivicultura estrutura para ela se desenvolver.Tenho brigado muito para isso mas está difícil. Corremos sérios riscos(reais) de que a vaca vá para o brejo como as demais febres que citas. Temos muita midia, muito marketing, má informação e pouco conhecimento. Não dá para continuarmos usando a máxima do “em terra de cego quem tem um olho é rei”.
Tenho interesse de plantar oliveira na região de Erechim – Rs. Preciso de mais informações obrigado
Para plantar primeiro tens que conhecer a cultura e se juntar a estruturas que tenham conhecimento. Penso que a ARGOS é o canal de comunicação para isso.
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Parabens y saludos desde Turquia..
Muchas graciás mi caro amigo y hermano Mehmet
Excelente Matéria Sr. Guajará.
Tenho acompanhado o tema , como expectador, curioso, pesquisador, estudioso e quem sabe no futuro, um possível pequeno produtor. Tenho lhe acompanhado através do site da cerro dos olivais e sobre a cultura, através de diversos outros sites e programas como o Pró-oliva. Gostaria de lhe fazer duas perguntas:
1) O que o Sr. acha da outra associação existente, a Olisul? (Se o Sr. não quiser não precisa responder. É apenas curiosidade).
Como o Sr. comentou, faltam técnicos especializados no tema para orientar os atuais e futuros produtores. 2)O que tem sido feito por estas diversas entidades para começar a capacitar novos técnicos?
Um grande abraço e espero ter a oportunidade de lhe conhecer pessoalmente para conversarmos sobre o tema.
Jair desculpe o atraso. Já entrastes em contato comigo no meu email. Quanto ao comentário sobre outras entidades não os faço pois tenho que cuidar da associação que dirijo. Não falo do que não conheço , más podes tu mesmo diferenciar as coisas através da leitura comparativa ai tire suas conclusões. TEmos compromisso com a olivicultura como um todo e para isso nos preparamos onde tem o conhecimento milenar sobre a cultura ou seja fora do Brasil. Também com relação a capacitação é o mesmo procedimento .Ver olhar e comparar .
abraço
Guajara boa tarde; na minha região a temperatura média mínima nos meses de junho e julho é de 12º, você acha que com essa intensidade de frio é possível florescer as oliveiras? Outra coisa: No Peru no deserto do Ica onde nunca fez menos de 14º tem uma plantação de oliveiras de um grupo astraliano com cerca de 200 mil arvores, chama-se Oasis Olives, fica na região da cidade de Nazca, e eles estão produzindo muito bem lá fazendo anelamento no tronco das arvores, veja o link:
https://www.youtube.com/watch?v=h1QazNufYxM
http://expresso.sapo.pt/iniciativaseprodutos/premio-producao-nacional-2015/2015-06-03-O-azeite-de-Abrantes-que-ganha-premios-no-mundo-inteiro-
http://azeitedeportugal.blogspot.com.br/2012_03_29_archive.html
http://azeitedeportugal.blogspot.com.br/2012/03/deserto-de-ica-peru-26-de-marco-de-2012.html
Onde é a tua região? Cada variedade precisa de horas/frio um pouco distintas, mas o básico é que precisa de frio.. É possivel sim produzir , segundo especialistas e a literatura com temperaturas que façam em média 300 horas frio /ano(temperaturas até 10ºC).
Conheço bem Tacna no Peru pois fui fazer uma palestra la em 2014 sobre oliveiras. Tem algumas variedades menos exigentes de frio provavelmente essas sejam as que eles estão plantando. Tem um tema que não é muito estudado pelos especialistas que chama-se a adaptabilidade da planta ao meio. O risco sempre é da instabilidade maior do que o normal de produção em função de regiões que façam menos frio. A tecnologia está ai para nos ajudar.
Obrigado Guajara pelas respostas. Abraço.
Bom dia! Estou com uma propriedade na serra do Mar no interior de São Paulo, município de São Luiz do Paraitinga. O lado da Serra não é voltada para o litoral, então o clima é bem frio e com menos chuvas. A altitude é de 1500 m. Lembra muito a região da serra da Mantiqueira, solo de boa qualidade. Venho ganhando interesse na cultura de olivas e acredito que a área pode ter potencial mas ainda desconheço das técnicas de plantio e das variedades adequadas. Gostaria de me informar mais sobre a cultura. Você poderia me apontar canais e artigos para que eu possa estudar melhor o cultivo. Obrigado
Claro:
Tens algumas referencias:
site da ARGOS http://www.argos.org.br ; site da cerro dos olivais :http://www.cerrodosolivais.com.br blog azeiteseazeitonas.com.br este blog aqui.
são instrumentos auxiliares para começar a entender a cultura . Isso só não é suficiente. Tens que estar dentro de associações sérias como a ARGOS. Ali tem troca de informações e os associados se ajudam. Plantar oliveiras não pode ser uma aventura.