27 maio de 2018
Brasil – Agricultura – Porque os solos precisam de fertilizantes?

Autor: Ivan Antônio Sutil, Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Manejo de Solo pela UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina

A relação entre os níveis de produtividade das lavouras e a fertilidade do solo está intimamente associada ao equilíbrio entre os diversos fatores que a constituem. A necessidade dessa harmonia entre produção e fertilidade é o grande objetivo dos agricultores atualmente.

 

Para obtenção de boa produção agrícola, é necessário que os nutrientes estejam em quantidades adequadas às plantas, proporcionando uma maior produtividade. A aplicação de fertilizantes minerais no terreno garante as quantidades adequadas exigidas pelas plantas e também para repor o que foi consumido por elas.

Na ausência dessa aplicação e/ou reposição, a cultura busca nutrição nas reservas do solo, com riscos de esgotamento. Além disso, ocasiona a diminuição da matéria orgânica que, não só é fornecedora de nutrientes, como contribui para a retenção de água e umidade. Sem a adubação com fertilizantes, haveria a degradação área e a respectiva deficiência na oferta de alimentos.

Outro aspecto importante é que a maioria dos solos brasileiros possui PH ácido (< que 6), o que desfavorece a absorção de nutrientes pelas plantas. Além desse problema, a absorção de nutrientes catiônicos (Ca, Mg, K presentes na fase líquida do solo) pelas plantas, libera prótons (íons H +) que reduzem o pH do solo (Raij, 1991).

 

Falando em absorção, é fundamental lembrar que os nossos solos tem baixos valores nutricionais essenciais às culturas. A isso existe ainda a questão dos altos níveis de oxido de ferro e alumínio, elementos que retém boa parte dos nutrientes essenciais ao plantio.

 

Entretanto, a dosagem deve ser determinada por profissional capacitado para evitar insuficiências ou excessos, que trazem grandes prejuízos ao crescimento e desenvolvimento das plantações. Por exemplo, o excesso de nitrogênio em cereais pode acarretar o acamamento e queda de produtividade, além de perdas que são levadas para os rios durante as chuvas fortes. Outro agravante do desequilíbrio nutricional é uma maior vulnerabilidade das plantas às pragas e doenças, o que pode obrigar ao aumento da quantidade de agrotóxicos para obtenção de boas colheitas.

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O conceito de nutrição equilibrada pode ser visualizado na ilustração, a seguir:

CONCEITO DE NUTRIÇÃO EQUILIBRADA

 

(LEI DO MÍNIMO)

Portanto, o uso racional de fertilizantes pode reduzir a degradação química, física e biológica do solo, que é um bem não renovável, conservando a qualidade da água, a saúde das plantas, além de contribuir para o fornecimento de alimentação de qualidade às pessoas.

Fontes de consulta:

  1. MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, A. S. de. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2a ed. Piracicaba: Potafós, 1997. p.231-305;
  2. RAIJ, B. van. Fertilidade do solo e adubação. Piracicaba: Agronômica Ceres; Associação Brasileira para a Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1991. 343p.

 

Fonte: Blog Fertilidade do Solo, confira o Blog clicando aqui.

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