02 mar de 2021
Brasil – Agricultura – Pragas iniciais da soja versus tratamento de sementes

A cultura da soja está sujeita ao ataque de diferentes espécies de insetos-pragas no decorrer de todo seu ciclo. A ação de pragas de solo pode causar falhas na lavoura, pois estas se alimentam das sementes após a semeadura, raízes após a germinação e parte aérea das plântulas após a emergência.

A fim de evitar possíveis perdas na lavoura de soja devido ao ataque de pragas do solo e da parte aérea, tem-se como alternativa o uso preventivo de inseticidas no tratamento de sementes, evitando assim possíveis danos nas sementes e plântulas. Esta prática de manejo proporciona à planta condições de defesa, permitindo maior potencial para o desenvolvimento inicial da cultura e obtenção de um estande de plantas adequado (BAUDET & PESKE, 2007).

O hábito de tratar as sementes para o plantio é uma prática muito antiga e que apresenta grande eficácia no controle de pragas do solo. Além disso, este método auxilia na redução do número de pulverizações foliares, contribuindo assim com a preservação de insetos benéficos e do meio ambiente como um todo.

Figura 1. Tratamento se sementes em soja.

Fonte: Revista Agrícola, 2017.

O tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus), o piolho-de-cobra (Plusioporus setifer e Julus sp.) e o coró da soja (Phyllophaga cuyabana) são exemplos de pragas iniciais da soja. Estes insetos atacam as lavouras em seu estágio inicial, logo após a emergência das plântulas, e podem comprometer o estabelecimento da cultura, consequentemente reduzindo o rendimento de grãos da lavoura.

Os danos causados pelos corós à soja são indiretos. Ao consumirem as raízes, prejudicam a capacidade das plantas de absorverem água e nutrientes, o que afeta, consequentemente, o seu potencial produtivo. Os sintomas visuais do ataque de corós na soja vão desde o amarelecimento das folhas até a morte das plantas, especialmente quando a presença de larvas mais desenvolvidas coincide com a fase inicial de desenvolvimento da cultura (ÁVILA & GOMEZ, 2003).

Segundo Ávila e Gomez (2003), a aplicação preventiva de inseticidas nas sementes e no sulco de semeadura da soja é uma alternativa eficiente para o manejo de corós, especialmente em sistemas de plantio direto.

Figura 2. Coró da soja, Phyllophaga cuyabana.

Fonte: Juliane M. Lemos Blainski, 2018.

Logo após a germinação da soja é comum também ocorrer ataques da lagarta elasmo, Elasmopalpus lignosellus, a qual perfura a região do colo da planta e faz galerias no interior do caule, causando assim o tombamento ou morte da planta.

Figura 3. Lagarta em fase inicial da soja.

Fonte: AgroPrecision, 2020.

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