25 nov de 2019
Brasil – Agricultura – Preço do milho em elevação. Pode falta o produto no Brasil

O ano de 2019 vem batendo recordes atrás de recordes para a exportação de milho brasileiro. Até o momento, o país já registrou, entre volumes embarcados e navios nomeados para embarques, 36,7 milhões de toneladas, contra 18,3 milhões no ano passado e as projeções apontam para números finais ainda maiores.

Para o analista de mercado da Agrinvest, Eduardo Vanin, o potencial das exportações para a atual temporada está entre 38 e 40 milhões de toneladas até o final de janeiro 2020. Já o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, é ainda mais otimista e aposta em um número mais próximo das 42 milhões de toneladas. Em ambos os casos, os números finais registrariam recorde absoluto para as exportações brasileiras do grão.

 

Esse boom nas exportações veio calcado em três fatores principais: a alta do dólar com o cambio valorizado, a percepção de que a safra americana poderia quebrar, o que originou altas na Bolsa de Chicago, e os investimentos recentes das tradres nos portos brasileiros que necessitam de um volume alto de movimentações para diluir este custo.

A entrada do milho mais cedo em 2019, a perda de competitividade do milho americano e a margem oscilante da originação da soja no Brasil durante a atual temporada contribuíram fortemente com o ganho de ritmo do programa de exportação nacional do grão”.

Para o analista de mercado da Agrinvest a perspectiva é mais alarmante, com estoques na casa das 7 milhões de toneladas no início de fevereiro, chegando em 3,2 milhões na virada de fevereiro para março.

 

A perspectiva dos analistas é para uma leve melhora neste cenário no início do ano que vem, com a chegada de algum volume proveniente da safra verão, mas a situação só deve se normalizar a partir das colheitas da segunda safra, mais próximas da metade de 2020.

Diante deste cenário, os preços do milho no mercado interno devem seguir valorizados durante a reta final de 2019 e o primeiro trimestre do próximo ano.  Na visão de Eduardo Vanin, as cotações que hoje giram em torno dos R$ 47,00 para a praça de Campinas/SP devem subir ainda mais e ficar nos R$ 50,00 nas próximas semanas e início de 2020.

 

Já as exportações devem perder um pouco a força para o próximo ciclo agrícola, recebendo influencias da concorrência do milho argentino e ucraniano, provavelmente mais baratos do que o brasileiro. O Esalq, indicador de preço de milho da Bolsa de Futuros (BMF), Campinas SP, subiu  R$ 1,57 por saco na quinta feira, recorde histórico de alta diária.

Fonte: Corretora Granosul

 

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