08 maio de 2017
Brasil – Agricultura – Produtor precisa ampliar a armazenagem privada, diz pesquisador do Cepea

A baixa capacidade de armazenagem resulta em prejuízos diretos para os produtoresSF Agro

Cerca de 40% da safra 2016/2017 de Mato Grosso está a céu aberto. O alerta foi feito pesquisador Mauro Osaki, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), durante o 4º Simpósio Agroestratégico, realizado na quinta-feira (04/05), em Cuiabá, e promovido pela Aprosoja MT. Osaki defendeu um esforço dos produtores para a ampliação da rede de armazenagem privada com o objetivo de garantir melhores condições para comercialização dos grãos. Segundo ele, investir em armazenagem própria traz vantagens, mas também desvantagens.

 

“Ter ampliação da capacidade de armazenagem dá maior eficiência à colheita, permite melhor controle do desconto na recepção da carga nas empresas e cria oportunidade para vender a produção fora do pico da safra e ter melhor preço. Em contrapartida, requer alto investimento, eleva o custo fixo da propriedade com bens e mão de obra e pode produzir obsolescência do produto provocado por perda de qualidade do grão estocado”, diz o especialista.

 

Capacidade de armazenagem

Segundo o pesquisador, mais da metade da capacidade de armazenagem nos EUA (56%) está nas mãos dos produtores. Em Mato Grosso, por exemplo, este percentual chega a 18%. “A capacidade de armazenagem estática brasileira não vem acompanhando crescimento da produção. Nós não temos capacidade estática e deixamos a céu aberto”, diz Osaki.

 

De acordo com informações da Aprosoja, a baixa capacidade de armazenagem tem trazido prejuízos diretos aos produtores de Mato Grosso. Segundo Mauro Osaki, a soja vendida em Sinop chega a perder 30% do preço quando entregue no Porto de Paranaguá (PR). “O período de fevereiro a maio é o de maior pressão nos preços por causa da falta de armazéns”, diz Osaki.

 

sfagro.uol

 

 

 

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