26 fev de 2018
Brasil – Agricultura – Revestimento aumenta vida útil do coco e fruta conquista a Europa

A partir de junho deste ano, os europeus poderão consumir mais coco verde brasileiro. Um revestimento comestível desenvolvido pela Embrapa eleva em até quatro vezes a vida útil da fruta, que normalmente dura dez dias. A tecnologia promete conservar todas as propriedades nutricionais do coco natural, sem alteração de sabor e coloração da água de coco.

 

Um carregamento de 500 mil unidades da variedade Anão Verde chegará a Portugal para atender ao consumo durante o verão europeu. As frutas são produzidas no Vale do São Francisco, em Petrolina (PE). “Essa tecnologia é de baixo custo e requer pouca mão-de-obra”, diz o produtor Edivânio Domingos, da Fazenda Coco do Vale. Ele afirma ainda que já fechou contratos de vendas do coco revestido para Bélgica e Holanda, além de Portugal. Durante o verão europeu, o empresário consegue vender a unidade do coco por um valor até dez vezes superior ao praticado no inverno brasileiro.

 

O revestimento desenvolvido pela Embrapa é biodegradável, comestível e fácil de ser aplicado. São necessárias apenas três etapas. Primeiro, é feita a higienização dos frutos. Em seguida, eles são mergulhados em uma solução a base de um polissacarídeo e outros compostos responsáveis pela redução da atividade dos micróbios no fruto. Por último, deve ser feita a secagem do revestimento. A partir daí, será formada uma membrana protetora sobre o coco verde e o produto estará pronto para ser embalado e armazenado para exportação.

 

Como explica a pesquisadora da Embrapa, Josane Resende, o revestimento atua como uma barreira física no coco verde. “Ele reduz o metabolismo do fruto ao diminuir a respiração, a atividade enzimática, a degradação de açúcares, minerais e vitaminas, mantendo as características sensoriais e garantindo a qualidade microbiológica do fruto e da água”, diz.

 

A composição da solução que forma a membrana protetora pode variar de acordo com o fruto que se quer proteger. Segundo outro pesquisador da Embrapa, Antonio Gomes, o revestimento pode ser utilizado em diversas frutas, como melão, mamão, manga, melancia e goiaba. “É uma tecnologia simples, que o próprio produtor pode aplicar em sua propriedade”, diz.

Fonte: Midia Agro

 

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