A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (11), o 8º levantamento da safra 2016/17 de grãos. Segundo a entidade, a safra chega a 232 milhões de toneladas, com um aumento de 24,3% ou 45,4 milhões de toneladas frente aos 186,6 milhões de toneladas da safra passada. A safra se deve ao crescimento de área e às boas produtividades médias. A previsão é de ampliação de 3,5% na área total, podendo chegar a 60,4 milhões de hectares, incluídas as culturas de segunda e terceira safras. Já em Goiás, a safra deverá chegar aos 22 milhões de toneladas produzidas – crescimento de 25,4% em relação à safra anterior.

Segundo o consultor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Cristiano Palavro, este volume de produção consolida Goiás como 4º maior estado produtor de grãos no país – representando 9,4% do total produzido. “Este crescimento significativo é resultado de um importante aumento na produtividade das lavouras neste ano, já que a área plantada não teve variação significativa, crescendo apenas 0,3%”, explica Palavro.

Entre os principais produtos o destaque vai para a produção de milho no estado. “Após as graves perdas na safrinha anterior, neste ano o desenvolvimento das lavouras segue bastante satisfatórios, propiciados pela boa distribuição de chuvas nos últimos meses e o plantio mais antecipado neste ano”, aponta o consultor. A Conab estima que Goiás deve produzir cerca de 9,8 milhões de toneladas de milho nesta safra, sendo 2,08 milhões da safra de verão e 7,8 milhões de toneladas na safrinha.

Na soja o resultado também foi de crescimento, o estado produzido 10,8 milhões de toneladas segundo a Conab – alta de 5,6% em relação à safra anterior. “Mesmo com uma queda de 0,2% na área plantada da oleaginosa, que ficou em 3,27 milhões de hectares, a produtividade foi bastante positiva, tendo a média do estado chegado aos 3.330 quilos por hectare, ou seja, 55 sacas de 60kg por hectare, melhor resultado já alcançado pelo estado”, destaca Palavro.

Entre as demais culturas o destaque de crescimento na produção vai para o feijão (+2,7%), girassol (+54,3%), sorgo (+140%), algodão (+19,6%).

Destaque nacional 

A soja deve ter um crescimento de 18,4% na produção, devendo atingir 113 milhões de toneladas, com ampliação de 1,8% na área plantada, que pode chegar a 33,9 milhões de hectares. Já o milho total deve alcançar 92,8 milhões de toneladas, 39,5% acima da safra 2015/2016. A previsão é de 30,2 milhões de toneladas para a primeira safra e de 62,7 milhões para a segunda. A área total de milho deve ser de 17,2 milhões de hectares, o que representa uma ampliação de 8,3%. Milho e soja correspondem a quase 90% dos grãos produzidos no país.

A produção do feijão primeira safra deve alcançar 1,38 milhão de toneladas, resultado 33,5% superior ao ciclo 2015/2016. Já a segunda safra deve produzir 1,26 milhão de toneladas, sendo 624 mil do grão cores, 219,1 mil do preto e 415,4 mil do feijão caupi. O feijão total teve atingir uma produção de 3,3 milhões de toneladas, com área de 3,1 milhões de hectares. No caso do algodão pluma, o crescimento é de 15,5%, podendo chegar a 1,5 milhão de toneladas, apesar da estimativa de redução de 1,6% na área cultivada.

Culturas de inverno – As projeções para esses cultivos indicam queda de 7,8% na área de trigo. A previsão é de que seja plantado 1,95 milhão de hectares, contra 2,1 milhões de ha na safra passada. Com isso, a produção deve chegar a 5,2 milhões de toneladas, uma redução de 22.3% frente às 6,7 milhões de t de 2016. As outras culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada e triticale) também sofrem perda na produção, mesmo com alguns aumentos de área, como no caso da aveia e da cevada.

Fonte: Faeg e Conab

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