21 mar de 2018
Brasil – Agricultura – Santa Catarina tem projeto piloto de inspeção em estabelecimentos de suínos

Um projeto-piloto prevê a modernização do Sistema de Inspeção Federal (SIF). A intenção da Embrapa Suínos e Aves e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é aumentar a eficiência na identificação de riscos de contaminação na carne suína. Frigoríficos de Santa Catarina e Minas Gerais serão os primeiros a testar o novo projeto.

Estão sendo realizados testes-piloto do novo modelo de inspeção, que identifica eventuais riscos de contaminação da carne por microrganismos na suinocultura industrial. O controle é feito nas etapas ante e post morten dos animais. Uma das mudanças em estudo é separar determinadas partes para inspeção em salas específicas.

 

“Eu gostei muito do que vi. Estamos no início de um processo de mudanças que trará economia para as empresas, mais tranquilidade e mais segurança para o consumidor, não só para o consumidor brasileiro, mas também para o estrangeiro”, disse o ministro da Agricultura Blairo Maggi.

O novo modelo da Embrapa será iniciado também no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. A indicação é que o serviço oficial mantenha no post morten um exame na linha, de linfonodos mesentéricos (inflamações no leque membranoso que liga vários órgãos à parede do corpo), com o departamento de inspeção final fazendo as verificações amostrais dos procedimentos e decisões realizados pela agroindústria. Também devem ser realizadas, pelo veterinário oficial, a verificação de processos de higiene e certificação de lotes. “As alterações que estão sendo propostas nos procedimentos estão baseadas em conhecimento científico internacional, comparado com resultados gerados no Brasil”, explicou a auditora fiscal federal agropecuária do Dipoa, Elenita Ruttscheidt Albuquerque.

 

A primeira fase do projeto se concentrou no levantamento dos dados do Brasil sobre o abate fiscalizado pela inspeção federal. De acordo com a pesquisa da Embrapa Jalusa Kich, foram analisados dados de 100% dos abatedouros com SIF. “Reunimos as informações, analisamos e podemos dizer que conseguimos uma fotografia do abate do SIF”, completou. Os estabelecimentos com SIF representam 86% do abate nacional de suínos, criados em sistema tecnificado, confinado e sob controle veterinário.

 

Em paralelo, pesquisadores trabalham na avaliação de risco de contaminantes da avicultura, incluindo as análises laboratoriais. A expectativa é estender os testes aos estabelecimentos no próximo ano. Entre os patógenos, a Salmonella será alvo específico de um programa nacional de redução desses micro-organismo, que entrará em vigor para todos os estabelecimentos com Selo de Inspeção Federal (SIF) por meio de instrução normativa do Mapa.

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de SC

 

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