08 jan de 2016
Brasil – Agronegócios – 20 lições das maiores empresas do agro, segundo a Revista Globo Rural

Confira as dicas dos vencedores do Melhores do Agronegócio, prêmio oferecido pela Globo Rural em parceria com a Serasa Experian

POR REDAÇÃO GLOBO RURAL

A revista GLOBO RURAL premiou na noite de ontem (21/10) as melhores empresas do agronegócio brasileiro em 20 segmentos, além de escolher as maiores em três categorias especiais e a grande “Campeã das Campeãs”.

Leia as dicas que os representantes das 20 ganhadoras deram:

1) Rei Verde, vencedora da categoria alimentos e bebidas: A companhia é líder no mercado de mate para chimarrão e sua estratégia é atender a diferentes paladares em diversas regiões de consumo. Alfeu Strapasson, sócio diretor da Rei Verde, conta que, no ano passado, diante do cenário desfavorável no plano doméstico, uma saída foi expandir os negócios para o mercado internacional. Em relação aos planos para 2015, ele diz: “Claro que dependemos das condições do mercado, mas estamos trabalhando para crescer. Nossa parte estamos fazendo.”

2) Grupo Pão de Açúcar, vencedora na categoria atacado e varejo: O grupo tem como premissa colocar o cliente no centro das decisões e, como estratégia, avançar em uma maior competitividade adequada aos seus diferentes formatos e marcas. “Isso nos permite atender a diferentes perfis de clientes em seus diversos momentos de compra tanto nos supermercados e hipermercados como no atacado e no autosserviço”, comenta Jorge Faiçal, diretor comercial da empresa.

3) Cofril, vencedora na categoria aves e suínos:  Um pequeno frigorífico fundado em 1986 em Cachoeiro de Itapemirim, com dois funcionários e abate diário de dois suínos, é hoje a maior empresa do ramo no sul do Espírito Santo. José Carlos Correa Cardoso, diretor presidente do Cofril, conta que, após trabalhar cinco anos como caminhoneiro, resolveu transformar o pequeno abatedouro em indústria. As atividades começaram em parceria com o irmão Antônio César, que trabalhava na mercearia. No ano seguinte, entrou na sociedade outro irmão, Elson Correa, também caminhoneiro. A lição da família é a confiança no potencial do negócio, que seguiu em frente graças ao investimento de capital próprio e a um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).

4) Copersucar, vencedora na categoria bioenergia: A empresa, composta por 43 usinas sócias, colhe bons frutos desde o final de 2012, quando fez sua maior aquisição, a compra de 65% da americana Eco-Energy. Tornou-se, assim, a maior comercializadora de etanol do mundo e a empresa com o melhor desempenho do setor. Mesmo assim, continua enfrentando grandes desafios. Agora, segundo Luís Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração, a prioridade é recuperar a capacidade total do Terminal Açucareiro de Santos, destruído em um incêndio em outubro de 2013.“Há inúmeras dificuldades, mas acreditamos na retomada. Sabemos que nossos mercados passam por ciclos influenciados por fatores diversos, não só econômicos ou climáticos. Às vezes, eles coincidem, mas não duram para sempre”, diz Pogetti.

5) Agroexport, vencedora na categoria comércio exterior: Enquanto as grandes empresas exportadoras do agronegócio apostam na especialização e no ganho de escala para compensar os altos custos logísticos, a Agroexport tem como principais características a diversidade de atuação na importação e exportação de variada gama de produtos agropecuários e equipamentos. Para Cunha Júnior, presidente da empresa, apesar do risco que a maioria das operações a prazo envolvem, vale a pena seguir adiante. Seu grande sonho, é ver resolvida a questão da logística para a exportação da produção pelos portos da região Norte. “A melhora das condições logísticas tornará possível apostar também na exportação de grãos e de derivados com maior valor agregado, como o fubá de milho que vamos exportar para o mercado angolano”, diz.

6) Syngenta, vencedora na categoria defensivos agrícolas: “A Syngenta atua de maneira proativa”, diz Laércio Valentin Giampani, diretor-geral da companhia no Brasil. De acordo com ele, é dentro desse conceito, tentando antecipar problemas e suas soluções, que a empresa vem traçando estratégias nos últimos anos. Um exemplo prático que demonstra essa ação e pode inspirar outras empresas é o que foi feito com a soja. Para a empresa, demonstrar a relevância do grão no dia a dia da sociedade urbana ajudou a esclarecer os produtores sobre a necessidade de um fungicida eficiente no combate à ferrugem asiática.

7) Marcher, vencedora na categoria ferramentas e implementos agrícolas: A atenção maior à armazenagem nos últimos anos e a valorização das principais commodities abriram espaço paro o crescimento da Marcher Brasil Agroindustrial. Para Marcos Hermann, presidente do conselho consultivo, encarar a oportunidade do mercado envolveu uma estratégia de redução de custos e foco na qualidade. “Garantir a qualidade é fundamental, mesmo em momentos difíceis. Conseguimos melhorar a qualidade graças à gestão de custos”, afirma.

8) Fertipar PR, vencedora na categoria fertilizantes: Em 2013, o Grupo Fertipar faturou R$ 7,2 bilhões e comercializou 7,2 milhões de toneladas de fertilizantes. Sobre a gestão adotada, Alceu Elias Feldmann, presidente da empresa, enfatiza o relacionamento com os produtores. “Nossos pontos fortes são a capacidade de atender a grandes volumes, nossos produtos de qualidade e o serviço de atendimento ao cliente.” Outro ponto positivo, complementa, é a logística: há fábricas no Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em pontos estratégicos próximos de portos, para facilitar a entrada e saída de produtos, insumos e matérias-primas.

9) Agroterenas Citrus, vencedora na categoria frutas, flores e hortaliças: A identificação de negócios – e não apenas oportunidades – foi a estratégia adotada pela Agroterenas Citrus para driblar um dos piores momentos da história da citricultura e seguir uma trajetória de crescimento. Na opinião de Adilson Luis Penariol, diretor de produção agroindustrial, da porteira para dentro é que se resolve esse tipo de problema, com controle de custos e investimento em tecnologia . “Em um mercado altamente concentrado, temos de diversificar”, completa.

10) JBS, vencedora na categoria indústria de carne bovina: Maior processadora mundial de proteína animal, no biênio 2013/2014 a JBS decidiu ampliar seus cardápio e passou a focar também na agregação de valor aos produtos, informa o presidente Wesley Batista. “Estamos atuando com pratos prontos, pizzas e demais alimentos convenientes aos consumidores modernos.” A compra da Seara é emblemática do novo foco de atuação da JBS. Além de ampliar a presença da empresa no segmento de aves, a aquisição lhe permite acesso a produtos que acrescentam valor.

11) Coamo, indústria de soja e óleos: Como toda cooperativa, a ligação entre empresa e cooperados vai além dos negócios na Coamo. No ano passado, a cooperativa realizou 1.477 eventos técnicos, educacionais e sociais para os parceiros, atingindo 49.494 pessoas. Para o presidente José Aroldo Gallassini, o mais importante a ser celebrado em 2013 é o trabalho de parcerias com os cooperados, além de fazer valer os selos internacionais de qualidade que conquistou. “A cooperativa deve estar o mais perto possível dos cooperados”, afirma. Questionado sobre o modelo de gestão, ele resume o conceito em três palavras: profissionalismo, honestidade e ética.

12) Grupo 3corações, ganhador em indústria do café: “Não queríamos apenas repetir o que as outras empresas faziam, mas sim agregar valor ao segmento”, conta Pedro Lima, presidente do grupo. Para inovar, a companhia desenvolveu a solução multibebidas TRES, que faz café filtrado e espresso, além de café com leite, chocolate quente, cappuccino e chás. “Levamos quatro anos para desenvolver esse produto, que hoje é a única máquina do país que agrega tais modalidades”. As máquinas parecem ter caído no gosto do consumidor brasileiro. Lançado em novembro de 2013, o produto já contabilizava vendas de 100 mil unidades em agosto de 2014, atingindo uma das metas de vendas antes do período projetado pela empresa.

13) Piracanjuba, a vencedora em laticínios: Cesar Helou, diretor presidente da empresa, afirma que o segredo do sucesso da Piracanjuba é a paixão pelos negócios. “É a paixão que nos move. O retorno vem como consequência”, afirma. Ele conta que o grupo permaneceu nas mãos da família, porém, a profissionalização foi acelerada e ditou o norte da empresa. “O fator humano é decisivo para o êxito do grupo.” A Piracanjuba também foi a condecorada com o prêmio de campeã das campeãs.

14) Anaconda, a melhor em massas e farinhas: Para se proteger da constante oscilação dos preços da matéria-prima, a empresa recorre ao capital próprio para comprar trigo à vista e estocá-lo por até quatro meses. Possui caixa mínimo para momentos em que a cotação fica desfavorável. Assim, se antecipa às tendências de preços, não se arrisca com empréstimos bancários, evita dívidas e consegue manter a atividade nas fábricas de São Paulo e Curitiba. A importância de “não jogar com o dólar”, como diz José Honório de Tófoli, presidente da companhia, é ainda maior em uma empresa que importa 50% da matéria-prima (especialmente da Argentina) e não exporta. A prudência financeira garante a saúde econômica da Anaconda, afirma.

15) Nutron, a vencedora em nutrição animal:  Desde o final do ano passado, muitas mudanças ocorreram no dia a dia da Nutron, que, pela oitava vez consecutiva, foi a vencedora do Prêmio Melhores do Agronegócio Globo Rural na categoria Nutrição Animal. Em dezembro de 2013, a empresa finalizou a mudança de estrutura interna e consolidou a parceria com a Cargill. Segundo o diretor presidente Celso do Amaral Mello Junior, após isso, abriu-se para a companhia uma porta repleta de soluções tecnológicas modernas trazidas pela multinacional. “Com a finalização do processo de fusão, trouxemos novos conceitos em nutrição, soluções tecnológicas mais avançadas e focadas na alimentação do futuro, do campo à mesa, passando por toda a cadeia produtiva”, diz.

16) Cooperalfa, vencedora na categoria produção agropecuária: Indústrias de soja, milho e trigo, centros de distribuição, fábricas de ração, produção animal, supermercados e até postos de combustível. Essas são algumas das áreas de atuação da Cooperativa Agroindustrial Alfa (Cooperalfa) e o que garante os avanços do negócio. “É diversificar para não ter só um pilar de sustentação e tornar a cooperativa um negócio de alta sustentabilidade. Nossa visão é empresarial. Só dá para atender ao lado social dos cooperados se houver rentabilidade”, diz Romeo Bet, presidente da empresa.

17) Suzano, a campeã em reflorestamento, celulose e papel: Planejando chegar aos 100 anos mais enxuta e produtiva, a empresa decidiu promover uma série de mudanças em 2013 e 2014 em busca de melhores resultados financeiros, mais competitividade industrial, redução do endividamento e ações mais sustentáveis na produção florestal e nas fábricas. A primeira foi o início da operação, em dezembro, da unidade Imperatriz (MA), com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano. A planta foi planejada para proporcionar eficiência. “Ela conjuga a posição próxima da floresta à logística muito bem estruturada, pois nós saímos com 100% da produção direto para o porto, usando a ferrovia. Essa combinação torna o sistema altamente competitivo”, afirma Walter Schalka, presidente da companhia.

18) Champion Saúde Animal, a ganhadora na categoria saúde animal: A marca da Champion é o relacionamento próximo com criadores e criação. A proximidade com o produtor rural aumentou de forma exponencial em 2002, quando a empresa passou a investir em um programa de televisão que hoje está no ar em quatro canais especializados. “A grande vantagem é a oportunidade de levar ao pecuarista informações sobre parasitologia, nutrição e produção em geral que ele não encontra com facilidade”, explica o presidente do grupo Flávio Alves da Rocha.

19) Sementes Goiás, a melhor em sementes: Para enfrentar os desafios, uma das estratégias da empresa é trabalhar com clientes de primeira linha, o que permite aumentar o volume comercializado e ao mesmo tempo manter a inadimplência baixa. “A política que nós usamos é a de fazer o que o cliente quiser nas negociações para compra dos insumos: pagar no final da safra, pagar em dólar ou em real, trocar por milho ou por soja”, afirma Antônio Pimenta Martins, diretor técnico da Sementes Goiás.

20) Jacto, a vencedora em tratores e máquinas agrícolas: Para a empresa, a profissionalização foi uma necessidade, conta Jorge Nishimura, presidente do conselho de administração. “Ainda somos uma empresa familiar, mas vimos que tinha chegado o momento de mudar a forma de administrar a companhia para continuarmos”, diz. Isso foi em meados de 1994. “Meu pai já não estava mais no comando da empresa. Àquela altura, ele se dedicava totalmente à fundação (escola agrícola técnica que Shunji criou para meninos). Obedecer ao pai é uma coisa, obedecer ao irmão já são outros quinhentos, então Martin Mundstock assumiu a presidência executiva da Jacto em 2006 e nós, acionistas, fomos todos atuar no conselho”, lembra. Nesse período, segundo ele, a empresa cresceu 122% e conquistou novos e importantes mercados.

 

Fonte: Revista Globo Rural

 

Nosso Parceiro: Irriga Banner TV

77 9 9926-6484 / 77 9 9979-1856