05 maio de 2021
Brasil – Agropecuária – Exportações de carne bovina tem alta de 15% no faturamento

As exportações de carne bovina cresceram 15% em receita no comparativo com abril do ano passado, saindo de US$ 508 milhões para praticamente US$ 598 milhões, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em toneladas, a alta foi de 7,3%, passando de 116,29 mil toneladas para 125,47 mil toneladas. Isso representa recorde de volume para o mês, superando a marca do ano anterior.

O mês de abril foi o melhor mês da história em algumas regiões, apesar de que as expectativas, previstas até a quarta semana de abril, não se concretizaram. “Observamos uma caidinha nas exportações, na semana passada estávamos em uma média de 7,1 mil toneladas de carne exportada por dia, e agora no fechamento do mês houve uma caída, indo pra 6,27 mil toneladas diárias, frente a abril 2020 (5,81 mil toneladas)”, informa o eng. agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria, Rodrigo Queiroz.

“Dessa maneira, em relação a preços a gente observou que a tonelada de carne bovina exportada está girando em US$ 4.765/t FOB, enquanto no ano passado foi negociado a US$ 4.372/t FOB. Os preços também foram impulsionados pelo maior volume embarcado”, frisa.

Mercado interno

O mercado físico boi gordo tem ligeira queda das cotações nas praças paulistas. “Os preços caíram em torno de R$ 5/@, porém as cotações continuam firmes, mas pressionados pela maior oferta de animais terminados, o que já era esperado nesse final de abril e início de maio”, comenta Queiroz.

Na última quinzena do mês a animal estava sendo negociada a R$ 312/@, preço bruto e a prazo. “Já tem ofertas em negociações, das industrias frigoríficas com os pecuaristas, por preços menores aos referenciados pela Scot Consultoria, entretanto ainda não é referência”, explica o especialista.

Geralmente nos meses de março e maio acontecem a maior oferta de animais terminados. “Mas março desse não teve força suficiente para pressionar as cotações. Então em maio, com a estiagem eminente, a qualidade das forragens nacionais perdendo qualidade e uma oferta de massas forrageiras também diminuindo devido ao menor índice pluviométrico, isso fez com que os pecuaristas tivessem que ajustar suas taxas de lotação”, ressalta Queiroz.

“A tendência é continuar com uma maior oferta de animais terminados, devido ao ajuste das taxas de lotação, E a expectativa é de preços pressionados na primeira quinzena de maio, sem descartar baixas nas cotações, porém, não temos expectativa de que os preços iram reduzir drasticamente ou expressivamente”, conclui.

Fonte: Destaque Rural

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