Medicamento é aplicado via oral e previne tanto curso negro (eimeriose) quanto as verminoses com manejo único, diminuindo o estresse do animal e o prejuízo do pecuarista

Em entrevista ao Giro do Boi desta quinta, 09, o médico veterinário Daniel Rodrigues, gerente técnico da área de ruminantes da MSD Saúde Animal, apresentou uma novidade. Conforme revelou o profissional, trata-se de novo fármaco Panacoxx, desenvolvido com tecnologia 100% brasileira. O medicamento combina duas moléculas e torna mais prático o tratamento tanto do curso negro (eimeriose) quanto das verminoses em bovinos.

Ao mesmo tempo, o produto combina duas moléculas, Totrazuril (curso negro) e Fembendazol (verminoses em bovinos). Elas fazem efeito a partir de uma aplicação oral de 2 ml em animais jovens, usando equipamento próprio da empresa, parecido com um pescador.

De acordo com o veterinário, a solução proposta pelo produto atua em diferentes frentes. Primeiramente no aumento do bem-estar animal, proporcionando tratamento para doenças que são verdadeiros desafios crônicos da pecuária de corte. Além disso, facilita o manejo pela aplicação única e sem a necessidade de uma nova injeção, uma vez que a aplicação do produto é via oral.

“Então veja o benefício, pensando nesse conceito de bem-estar animal. Nós estamos tirando uma injeção do animal. Nós ocamos em ter um produto com qualidade e buscamos a tecnologia de aplicação oral. A MSD também tem um aplicador e ele facilita o manejo do pecuarista, trazendo bem-estar na hora da aplicação”, disse em síntese.

Segundo o veterinário, o produto já está disponível nas revendas Brasil afora, o que de todo modo não dispensa a orientação do veterinário. Para tanto, Rodrigues lembrou dos técnicos de campo da MSD Saúde Animal que atuam em todo o país.

POTENCIALIZANDO A NUTRIÇÃO

Tanto quanto uma solução para o curso negro (eimeriose) e verminoses em bovinos, o produto tem efeito num outro pilar da produção de gado de corte, a nutrição. “Cuidar da saúde melhora a intensificação que nós fazemos através da nutrição. A nutrição só vai dar resultado se a verminose não tirar essa qualidade nutricional que o pecuarista está ofertando”, salientou Rodrigues.

“Portanto, quando eu digo para o pecuarista para tirar a verminose do rebanho, eu estou falando ao mesmo tempo ‘vamos aproveitar o melhor da nutrição’”, justificou o profissional.

Em outras palavras, Rodrigues explicou que o verme desvia a proteína vegetal que o bovino consome e limita, dessa forma, a conversão em proteína animal. Ou seja, reprime o potencial de desenvolvimento da carcaça.

CONSEQUÊNCIAS DO CURSO NEGRO E DAS VERMINOSES EM BOVINOS

Juntamente com os benefícios do novo produto, o veterinário lembrou das consequências tanto do curso negro quanto das verminoses para os bovinos. “Até um ano de idade o curso negro tem um impacto muito grande. Em alguns casos o animal[…] tem um processo de diarreia tão intenso que pode morrer”, alertou.

Logo depois, o especialista disse que os impactos acompanham a vida reprodutivo do animal. “A doença gera uma sequela muito ruim no animal, que é a baixa capacidade de absorver nutriente. Inclusive o leite da mãe ele não vai absorver. Depois ele não vai ter um intestino bom pra absorver o capim e aproveitar ração. E aí eu vou ter um animal com performance negativa frente ao investimento tão positivo que nós fazemos hoje na nutrição”, alertou.

Em seguida, Rodrigues falou sobre os efeitos da verminose. “Agora nós temos um trabalho de 2021 mostrando que animais de até 24 meses, mesmo suplementados, se não tiverem um bom controle da verminose podem estar perdendo o ganho de peso”, ressaltou.

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Por fim, assista a entrevista completa com o veterinário sobre o novo produto para tratar curso negro e verminoses em bovinos:

Imagem ilustrativa: Reprodução / YouTube

Fonte: Giro do Boi

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