10 nov de 2021
Brasil – Agropecuária – Touros de corte: o que mudou na seleção nos últimos dez anos?

Especialista destacou as ferramentas que evoluíram para facilitar a seleção de touros de corte e apresentou alguns dos reprodutores mais buscados para esta estação de monta

Em entrevista concedida ao Giro do Boi desta quarta, dia 10, o zootecnista Gustavo Morales, pecuarista de quarta geração e gerente de mercado e contas-chave de gado de corte da ABS Brasil, falou sobre novas tendências na escolha de touros de corte para a estação de monta.

USO DE TOUROS JOVENS

Em primeiro lugar, Morales destacou a velocidade com que os animais despontam como melhoradores. “Mudou muito na última década porque antigamente a gente esperava os animais reproduzirem, a fêmea ou macho. Mas via de regra, o touro, para ir para central, tinha que ter progênie. E aí a gente confiava muito mais na progênie e é óbvio que a acurácia é muito maior do que na avaliação genética”, disse.

Contudo, com os avanços da genética, o cenário da seleção de touros de corte mudou. “Hoje, com a mudança da tecnologia, com a entrada da genômica, os programas de avaliação genética cresceram muito. Por exemplo, o GeneplusPMGZANCP, os programas de CEIP. Então a gente tem uma acurácia muito maior. As avaliações dos rebanhos ficaram muito mais bem feitas, temos grupos contemporâneos muito mais bem montados. Nós temos o pessoal das assessorias fazendo ultrassonografia de carcaça, fazendo a teste de maturidade sexual dos garrotes, enfim, fazendo precocinho”, comentou.

Acurácia no uso de touros jovens salta de 30% para até 70% com genômica

Em suma, Gustavo analisou os impactos dos avanços sobre a seleção de touros de corte. “Quando a gente tem um grupo contemporâneo bem montado dentro da fazenda, a gente tem o auxílio da genômica e da avaliação genética, você tem uma confiança muito grande daquilo que tá escolhendo dentro da safra. E hoje a demanda por animais jovens é gigantesca. A gente tem alguns animais dentro do Zebu e das raças europeias que simplesmente não têm sêmen para entregar – e são touro que têm menos de 24 meses”, ressaltou Morales.

SOLUÇÕES

Em seguida, o zootecnista apresentou diversos indivíduos que fazer parte da bateria de touros de corte da companhia, tanto zebuínos quanto europeus, que atendem a demanda atual do mercado.

Além disso, Morales apresentou as ferramentas que a ABS passou a oferecer aos pecuaristas, como a sexagem de sêmen para facilitar os criadores com a reposição das fêmeas do plantel.

“Quem estiver querendo acelerar o seu trabalho do melhoramento genético através da reposição de fêmeas, faça sêmen sexado de fêmeas nas suas melhores matrizes. Você vai ter um ganho genético muitas vezes maior do que se você fizesse reposição de todo o seu rebanho”, ilustrou.

Por último, assista a entrevista completa com Gustavo Morales, da ABS Brasil, no Giro do Boi desta quarta, 10:

77 9 9926-6484 / 77 9 9979-1856