25 ago de 2021
Brasil – Água – Para enfrentar crise hídrica, Brasil busca integração energética com os ‘hermanos’ Argentina, Bolívia e Uruguai

Em um momento em que BRASÍLIA – Diante da pior crise hídrica dos últimos 91 anos, o Brasil busca uma saída com os vizinhos e tenta destravar projetos com países em que as relações, por razões ideológicas ou econômicas, tornaram-se mais frias do que o normal no governo Bolsonaro

Técnicos brasileiros e bolivianos retomaram as discussões sobre a construção de uma usina binacional no Rio Madeira, fronteira entre os dois países, suspensas no início deste governo.

Representantes do Planalto também conversam com os argentinos sobre a retomada do projeto do gasoduto Vaca Muerta-Uruguaiana (RS).

E, para assegurar o abastecimento interno, as importações de energia elétrica da Argentina e do Uruguai, membros do Mercosul — bloco que, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem amarras que impedem o Brasil de crescer — aumentaram significativamente este ano

Ou seja, em um momento em que o Mercosul é questionado por Brasília, a integração energética, por necessidade do Brasil, avança.

Gás de Vaca Muerta

Segundo estimativa preliminar do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, a usina hidrelétrica binacional do Rio Madeira tem capacidade prevista de 3,5 gigawatts (GW), volume que atenderia a 6 milhões de residências, ou praticamente todo o estado de Minas Gerais, por exemplo.

Os projetos de integração energética entre Brasil e Bolívia são tratados no Comitê Técnico Binacional em Cooperação Energética (CTB), informou o Ministério de Minas e Energia (MME).

Além da usina binacional no Rio Madeira, estão em estudo a construção de corredores de interconexão elétrica para exportação de energia da Bolívia para o Brasil; o acompanhamento e monitoramento dos contratos de fornecimento de gás natural e a possibilidade de alteração da cota de energia de Jirau.

Dados do Ministério da Economia mostram que, de janeiro a julho deste ano, o Brasil comprou, em dólares, 5.253% a mais de energia elétrica da Argentina do que nos sete primeiros meses de 2020. O valor saltou de US$ 8,8 milhões para US$ 472 milhões. A energia oriunda do Uruguai aumentou 1.560%.

Em mil quilowatts/hora (MkW/h), a quantidade importada subiu de 86.278 para 3.183.149 (ou 3.189MW) da Argentina e de 280.383 para 734.408 do Uruguai.

Por outro lado, a base de comparação com o que foi importado no mesmo período do ano passado foi afetada por um desempenho mais fraco da economia, que levou à queda do consumo nacional.

Fonte: Ascom Tratamento de Água

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