A presidente Dilma Rousseff cometeu um erro estratégico ao indicar Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras, a maior empresa do país.
Bendine, presidente do Banco do Brasil, é visto pelo mercado como alguém que não tem a qualificação profissional necessária para a tarefa. Também representaria a continuidade de eventuais intervenções políticas e econômicas na empresa.
Fracassaram as sondagens do governo para atrair um executivo de peso para a Petrobras.
Dilma achava ideal, por exemplo, o perfil do presidente da Vale, Murilo Ferreira. Mas ele toca um gigantesco plano de investimentos na Vale e já tinha compromissos profissionais assumidos.
A opção por Bendine é evidência do isolamento político do governo. Ele foi indicado por completa falta de alternativa. A reação inicial do mercado, bastante negativa, sinaliza tempos ruins para a Petrobras e os acionistas.
Teria sido melhor indicar o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para o posto. Com respeitável currículo acadêmico e conhecimento da economia mundial, seria uma solução menos ruim. Ainda que fosse visto como uma solução temporária e provocasse reação negativa no mercado, Coutinho teria menos potencial de dano para a companhia.
A presidente desejava repetir na Petrobras a estratégia que deu certo com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda: indicar alguém que surpreendesse positivamente o mercado. Surpreendeu, mas negativamente.
Com informações do Blog do Kennedy e do Ioeste