15 fev de 2022
Brasil – Dólar – Tensão na Ucrânia leva à máxima do dólar e tendência de valorização para emergentes, avalia hEDGEpoint Global Markets

O índice global da moeda americana, DXY, atingiu o seu maior valor em 18 meses na semana passada, devido à percepção de conflitos na Europa. Mas real não deve ser impactado

Uma mudança na percepção de risco dos mercados globais, com foco nas tensões entre a Rússia e Ucrânia, provocaram a elevação a um patamar recorde do DXY, índice que mede globalmente o valor do dólar. O euro, exposto ao conflito entre a OTAN e os russos, caiu para o seu menor valor em meses, em comparação à moeda americana, um dia antes do banco central americano (Fed) revelar seu plano para apertar a política monetária dos EUA, na quarta-feira (26).

“O que nos preocupa particularmente é o fato de que o euro tem estado em constante tendência de desvalorização em função de um crescente spread nos rendimentos dos títulos dos EUA contra aqueles das principais economias da Europa, como a Alemanha”, avalia o analista de macroeconomia da hEDGEpoint Global Markets, Heitor Paiva.

Para a empresa especializada em gestão de riscos e hedge, o descompasso entre as economias americana e europeia não devem, contudo, induzir à desvalorização das moedas emergentes, como o real. “As moedas emergentes estão mais bem posicionadas para surfar a atual alta das commodities graças aos juros estruturalmente mais elevados. Isto pode limitar o posicionamento de especuladores na moeda norte-americana em 2022”, afirma Paiva.

A hEDGEpoint prevê que o mercado fique mais atento, progressivamente, à resiliência das moedas emergentes ao longo do ano, o que pode limitar o posicionamento do dólar americano pelos especuladores. “O real brasileiro está bem arranjado para se fortalecer, nesse caso, graças a um melhor diferencial de taxas de juros em relação às economias americana e europeias”, observa Paiva.

O especialista pondera, no entanto, que o impacto da crise na Ucrânia em economias como a brasileira deve ser amortecido pela valorização das commodities, que ocorre em paralelo à valorização do dólar. “As moedas emergentes têm sido resilientes à força do dólar em função da perspectiva positiva das commodities. Muito dessa força se dá porque o lado da oferta permanece apertado, mas também porque a China começou a afrouxar suas políticas fiscal e monetária — o que deverá desencadear um aumento na demanda. Portanto, os países emergentes que são exportadores líquidos de metais e commodities energéticas podem se beneficiar desse ciclo atual”, afirma.

Sobre a hEDGEpoint Global Markets

A HedgePoint Global Markets é uma empresa especializada em inteligência de mercado, consultoria, gestão de risco e soluções de hedge para a cadeia de valor global de commodities, com larga experiência nos mercados agrícolas e de energia.

Está presente em cinco continentes e oferece aos clientes produtos de hedge baseados em tecnologia e inovação, mantendo o cliente como ponto central de todos os processos. A companhia trabalha com mais de 50 commodities e mais de 400 produtos de hedge em sua plataforma. Visite nosso site.

Fonte: Assessoria de Imprensa da hEDGEpoint Global Markets

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