*Por Antônio Oliveira

Após  visita a Fazenda São Francisco, da Agropecuária CFM, em Magda (SP) (clic aqui para ler a matéria ), a caravana de jornalistas de agronegócio do 9º Road Show, rumou para a cidade de Ribeirão Preto, 300 km adiante, neste mesmo estado, onde, no dia seguinte, participou dos trabalhos finais do Simpósio Internacional Phibro, realizado no Hotel JP.

O Simpósio teve seu foco na 8ª edição do Compêndio de Requerimentos Nutricionais para Bovinos de Corte, uma espécie de “bíblia” universal dos profissionais de nutrição animal de todo o mundo.  A publicação, conhecida antigamente como NRC, é desenvolvida por uma comissão das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos. Até maio deste ano, a multinacional pretende trazer, com exclusividade, esta publicação ao Brasil para distribuição direta entre seus clientes e parceiros.

Conforme explicou Newton Teodoro, gerente de bovinos da Phibro Saúde Animal, desde o ano 2000, essas normas não passavam por revisão. Para ele, trazer essas discursões e a publicação ao Brasil é enriquecedor para a cadeia da pecuária brasileira como um todo.

Estavam presentes ao Simpósio – como expectadores e expositores – pesquisadores e técnicos do Brasil e vindos dos Estados Unidos, África do Sul, Argentina, Austrália, Argentina e México.

Vários assuntos foram abordados. Entre os quais, destaque para as novas exigências nutricionais do gado de corte; requerimentos de energia e proteína para crescimento e terminação de bovinos; sistemas de criação e nutrição nos países representados por seus pesquisadores no Simpósio e a produção de carne bovina nos Estados Unidos.

Newton Teodoro disse que os relatórios das Academias Nacionais dos Estados Unidos são vistos com credibilidade por causa da reputação da instituição para fornecer informações independentes, objetivas e de conselhos apartidários com elevados padrões de qualidade científica e técnica.

Conteúdo do Compêndio

Entre as análises abrangentes de pesquisas recentes sobre alimentação e nutrição de bovinos de corte, o Compêndio foca:

• Futuras áreas de investigação necessária,
• Resumo das pesquisas recentes sobre sistemas energéticos utilizados na alimentação de bovinos de corte
• Discussão sobre o efeito da alimentação na qualidade e segurança alimentar nutricional da carne bovina
• Novas informações sobre aditivos alimentares que alteram o metabolismo ruminal e metabolismo pós-absorvido
• Estratégias nutricionais e alimentação para minimizar as perdas de nutrientes no estrume e reduzir a produção de gases de efeito estufa
• Resumo da composição de ingredientes de rações, suplementos minerais e aditivos para alimentos rotineiramente alimentados para bovinos de corte, e
• Resumo das informações sobre coprodutos da indústria de biocombustíveis, com informações sobre os vários tipos de produtos e sua utilização mais eficaz e informações sobre fósforo e enxofre.

Economia em recessão é desafio para a pecuária de corte

Em entrevista à imprensa paulista, na abertura do evento, o presidente mundial da empresa, Larry  Muller, enfatizou que,  na atualidade o maior desafio da pecuária de corte no Brasil é a sua atual situação econômica. Conforme ele, os efeitos no câmbio foram enormes, uma vez que o país é um grande exportador de carne bovina.

Ele disse ainda acreditar que as exportações brasileiras devem avançar e ganhar maisMarket share no mercado externo justamente por sua posição e competitividade.

Porém, continuou o número 1 da Phibro, o câmbio acabou por elevar os custos dos insumos, fazendo que as empresas repassassem esta alta aos seus clientes. Ele comentou também o a valorização do Real, uma semana antes da realização do Simpósio. Conforme ele, isto já é uma tendência passada. Na sua opinião, o que ocorreu foi uma reação emocional dos fatos políticos que marcam o Brasil nos últimos dias.

Pesquisadores têm credibilidade

Entre os pesquisadores responsáveis pela revisão do Compêndio da pecuária de corte estava Michel Galyean. Ele disse aos jornalistas do Road Show  que os dez pesquisadores que trabalharam na “bíblia” da nutrição animal são profissionais respeitados no setor nos Estados Unidos, “expoentes em cada área” e já têm seus trabalhos, seus compromissos.

Contudo, de forma voluntária, levam até um ano e meio para rever fórmulas, equações, balanceamento de dietas, etc.

– Temos que pensar numa fórmula mais consistente e organizada,  num tempo menor. Este “começa e para” dificulta muito – comentou.

Sobre a Phibro

Líder mundial na fabricação e comercialização de aditivos para a alimentação e saúde animal, a Phibro Saúde Animal é responsável pela síntese de diversos princípios ativos por meio de processos biotecnológicos e é a detentora da molécula Virginiamicina, de alto desempenho e segurança para várias espécies animais, para o homem e para o meio ambiente.

Seus produtos, conforme a empresa, contribuem para atender à crescente demanda mundial por carnes, leite, ovos e peixes. Suas plantas industriais no Brasil  – sua principal plataforma de produção no mundo – estão instaladas em Guarulhos e em Bragança Paulista, no estado de São Paulo. Sua planta de Guarulhos é a única fábrica no Brasil em sua área de especialidade e é certificada pelo FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos. Seu faturamento em 2015 foi de USS 749 milhões, o que representa 9% de crescimento global nos negócios de saúde animal e 8% de crescimento no total da empresa sobre o ano anterior.

No Brasil, ainda de acordo com a empresa, as vendas alcançaram 17% de crescimento em dólares e 28% em reais, superando de forma significativa a evolução do mercado de saúde animal no país, que nos últimos 12 meses acusou retração de 5,2% em dólares.

Conforme a Phibro no Brasil, os resultados decorrem da implementação da estratégia desenhada há quatro anos, para crescer acima do mercado nos negócios da unidade de aves e suínos, com expressivos investimentos no aumento de vendas em bovinos.

Já a unidade de negócios de bovinos da empresa apresentou o melhor desempenho em 2015.

– Há alguns anos a empresa enxergou a oportunidade de  investir no mercado de bovinos, que sinalizava um cenário de aumento de produtividade a partir do suo de tecnologias considerando a pressão da agricultura sobre as áreas de pastagem – disse.

Ainda conforme ele, a Phibro investiu em pesquisas, expansão da equipe de campo e atividades de marketing voltadas à geração de demanda, como o Boi 7-7-7.

Criado por pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA), de Alta Mogiana/Colina (SP), parceira da Phibro, tem como proposta produzir um gado jovem e com mais peso, “sinônimo” de maior produtividade, maior rentabilidade e menor pressão sobre o meio ambiente, obtida pela redução no tempo dos animais da fazenda. Por esta tecnologia, os animais  atingem 21 arrobas aos 24 meses. Tradicionalmente, os animais levam no mínimo três anos para atingir esse peso ao abate.

*Antônio Oliveira viajou a convite da Texto Comunicação Corporativa.

 

Cerrado Editora

 

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