17 maio de 2021
Brasil – Fertilizantes – Volume de fertilizantes entregue ao mercado supera pela 1ª vez 40 milhões de toneladas no Brasil

As entregas de fertilizantes ao consumidor final no mercado brasileiro superaram em 12% o volume registrado em 2019, atingindo patamar recorde. Foram 40,56 milhões de toneladas, em comparação com 36,24 milhões de toneladas no ano anterior, segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Foi a primeira vez que o consumo nacional de fertilizantes superou a marca de 40 milhões de toneladas e os números confirmam a maior demanda brasileira por adubos, acompanhando o crescimento da área plantada no País e a rentabilidade elevada dos grãos.

O resultado ficou bem acima do esperado pelo mercado e da média anual de avanço da indústria de adubos de 2% a 3%. Consultorias privadas estimavam alta de 5% a 6% nas entregas em 2020, para volume entre 38,5 milhões de toneladas e 39,6 milhões de toneladas.

A produção nacional no ano passado alcançou 6,41 milhões de toneladas, 10% a menos que um ano antes.

O País importou 11% mais fertilizantes intermediários no último ano, a 32,87 milhões de toneladas.

Apesar de o Brasil ser historicamente importador de adubos, as exportações do produto mais que dobraram no ano passado. Foram 584.118 toneladas de fertilizantes vendidas ao mercado externo, 109,6% a mais do que no acumulado de 2019.

Ao fim de 2020, os estoques de produtos intermediários para fertilizantes e formulações NPK (de nitrogênio, fósforo e potássio) chegavam a 5,64 milhões de toneladas. O volume ficou 16,9% abaixo dos 6,79 milhões de toneladas reportadas em 31 de dezembro de 2019, segundo a Anda.

Após os fertilizantes atingirem cotações recordes e levarem a relação de troca projetada para a safra 21/22 para os piores patamares dos últimos anos , a recente alta das cotações futuras das principais commodities agrícolas voltaram a contribuir para a melhora do poder de compra do produtor. Para quem ainda não realizou as aquisições desses insumos para a próxima safra, essa pode ser uma boa janela de fixação diante dos riscos à frente.

O balanço de oferta e demanda apertado para a maioria dos macronutrientes sugere que há pouco espaço para os preços internacionais recuarem fortemente. Além disso, no curto prazo o leilão Indiano para o abastecimento da safra Kharif atrelado ao aumento das compras no hemisfério do sul em preparo para a safra 21/22 pode puxar os cotações nos portos brasileiros.

Diante do crescimento do volume importado de fertilizantes e do estímulo ao aumento de área plantada no Brasil face às boas margens da maioria das commodities agrícolas, a expectativa é que o volume entregue de fertilizantes aos produtores deverá crescer entre 6% e 7% em 2021. O reflexo disso é que a fluidez logística deverá ser perfeita para evitar atrasos nas entregas de tais produtos.

Nesse sentido, é importante ter no radar que, além de possivelmente observarmos fretes mais altos para os fertilizantes, qualquer evento de ruptura momentânea do fluxo de transporte poderá colocar em risco a disponibilidade do produto no momento previamente esperado pelo produtor.

Fonte: Broadcast Agro por Isadora Duarte / AGROLINK – Aline Merladete (adaptação Fecoagro)

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