09 jun de 2025
Brasil – Fruticultura – Estoques críticos e fertilizantes inteligentes: oportunidade para inovação na laranja brasileira

Com a menor reserva de suco das últimas décadas, testes pioneiros com fertilizantes de liberação lenta prometem maior produtividade e sustentabilidade para o setor.

O Brasil, maior exportador mundial de suco de laranja responsável por cerca de 75% das exportações globais encerrou 2024 com apenas 351.483 toneladas de FCOJ equivalentes estocadas, o menor volume já registrado, 24,2% abaixo das 463.940 toneladas de 2023. Essa fragilidade impõe tensão ao abastecimento internacional, em um cenário marcado por safra reduzida, estimada em 232,38 milhões de caixas de 40,8 kg para 2024/25, o nível mais baixo desde 1988/89. Temperaturas extremas, estiagem prolongada e o avanço da Greening agravaram ainda mais esse quadro.

Entretanto, há um ramo de esperança se abrindo no horizonte: a safra 2025/26. Segundo o Fundecitrus, o cinturão citrícola de SP e MG já projeta colheita de 314,6 milhões de caixas, 36,2% acima da temporada anterior e acima da média das últimas dez safras. As chuvas bem distribuídas entre outubro e dezembro de 2024 estimularam uma segunda florada significativa, que poderá elevar não apenas a quantidade, mas também a qualidade dos frutos, com estimativas apontando para laranjas mais doces. Contudo, especialistas afirmam que a recuperação ainda depende da regularidade das precipitações de 2025, e que variações climáticas regionais podem influenciar o rendimento final.

Enquanto isso, a inovação avança: testes com fertilizantes de liberação lenta (FLL) em viveiros paulistas mostram redução de até 56% na lixiviação de nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio e melhora expressiva no crescimento inicial das mudas cítricas, com maior diâmetro de caule e área foliar. Esses resultados, embora restritos à fase experimental, indicam potencial transformação no manejo, com menos aplicações, custos operacionais reduzidos e ganho ambiental.

Para Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, o uso de fertilizantes líquidos de alta concentração é uma das chaves para garantir a competitividade da citricultura brasileira. “O manejo adequado por meio da utilização de fertilizantes líquidos é o ponto de partida para obter produtividade, qualidade e rentabilidade. Quando aplicados de forma eficiente, os fertilizantes melhoram o desempenho das plantas e ajudam a controlar problemas fitossanitários, garantindo frutos de excelência e fortalecendo a imagem do Brasil como líder mundial na produção de cítricos”, afirma o executivo.

O quadro de estoques críticos, aliado à perspectiva de recuperação moderada em 2025/26 e ao nascedouro de novas tecnologias, configura um momento editorial rico em narrativas para o cenário agro brasileiro: segurança de abastecimento, adaptação climática, inovação agronômica e sustentabilidade ESG.

Com o aumento da demanda internacional por frutas de alta qualidade e a exigência de práticas sustentáveis, o uso equilibrado de fertilizantes se torna ainda mais relevante. Ele contribui não só para elevar a produtividade, mas também para manter a citricultura nacional competitiva e alinhada às exigências ambientais.

O manejo adequado da adubação deve ser orientado por análise de solo e clima, respeitando as necessidades específicas de cada região. Dessa forma, o setor garante frutas de excelência, fortalecendo a economia rural e impulsionando a sustentabilidade no campo. “Estamos comprometidos em levar tecnologia e inovação para o campo, oferecendo soluções que impulsionam o trabalho do produtor rural e fortalecem a economia rural. Acreditamos que o investimento em pesquisa e desenvolvimento, aliado à paixão e ao conhecimento do produtor, é o caminho para uma citricultura cada vez mais sustentável e produtiva”, conclui Leonardo Sodré.

Fonte: ioeste

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