28 dez de 2021
Brasil – Milho – Importação de milho bate recorde absoluto e rompe casa de 3 milhões de t em 2021

Em 2021, o Brasil bateu o recorde absoluto de importação de milho. O país já importou 3,10 milhões de toneladas do cereal. O recorde anterior era de 2019, quando foram importadas 1,45 milhões de toneladas.

De acordo com o diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, o país precisou recorrer ao mercado internacional para atender a demanda doméstica de milho, impulsionada por carnes. “Especialmente frangos e suínos. Em 2021, o Brasil deve exportar mais de 1 milhão de toneladas de suínos, um recorde absoluto. No caso do frango também. Para que isso fosse possível, o Brasil precisou importar milho. Agora nós torcemos para que o clima colabore e esse recorde não seja mais quebrado”, disse.

Ainda falando de milho, Ferreira destacou o desempenho do cereal no mês de dezembro. “Nós sabíamos que as exportações seriam baixas, especialmente por causa da escassez de milho na safra passada, no ciclo 2020/21. Nós tivemos que racionalizar as exportações, para atender o mercado interno. Mas em dezembro, o milho está carregando mais do que a soja. No acumulado de dezembro, foram carregadas 1,9 milhão de toneladas de milho, contra 1,75 milhão de toneladas de soja. Com esse sprint final, o Brasil deve terminar 2021 com 19 milhões, 19,5 milhões de toneladas de milho embarcados, o que não é um resultado ruim, considerando o cenário de escassez”.

Faltando poucos dias para o fim do ano, os números das exportação brasileiras não devem mudar muito.

No caso da soja em grão, o país já bateu o recorde absoluto em novembro e até domingo, já tinha embarcado 85,2 milhões de toneladas. “Aqui vale destacar a receita, de US$ 38 bilhões. Sozinha, a soja em grão vai responder por um terço de toda a receita cambial conquistada pelas exportações do agronegócio brasileiro em 2021”, explica o diretor de conteúdo do Canal Rural.

Ainda falando sobre o complexo soja, Giovani Ferreira destacou o farelo de soja, em que o Brasil deve exportar aproximadamente 16,5 milhões de toneladas, um pouco abaixo do recorde de 17 milhões de t.

“A Argentina, principal exportador mundial de farelo de soja, teve problemas com a safra há alguns anos e o Brasil aproveitou essa brecha para ocupar esse espaço e desde então mantém o patamar de 16 milhões de toneladas”.

Outro destaque foi o óleo de soja, em que o Brasil deve bater o recorde com 1,75 milhão de toneladas. “Mas essa não era a previsão inicial. O que aconteceu? O governo federal, por opção, alterou a política de adição do biodiesel no combustível, que seria de 13%, mas ficou em 10%, e o excedente foi enviado para exportação. Esse crescimento é reflexo direto da política adotada”, explicou.

Fonte: Canal Rural

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