20 mar de 2025
Brasil – Milho – Manejo estratégico da sanidade no milho: como proteger sua lavoura e maximizar a produtividade

Banco de imagens | Reprodução da internet

Por Carina Cardoso, Eng. Agrônoma e Coordenadora Técnica de Mercado na Nitro e Nelson de Ponte Filho, Trainee Técnico de Mercado

O cultivo do milho na safrinha frequentemente enfrenta desafios em razão da incidência de doenças foliares que comprometem tanto a produtividade quanto a qualidade dos grãos.

A identificação precoce dessas infestações deve ser o primeiro passo rumo a um manejo mais eficiente. Entre as principais doenças que afetam a cultura, destacam-se a mancha branca, a Bipolaris (helmintosporiose), a ferrugem polissora e a ferrugem comum. Se a identificação é crucial, é importante lembrar que a mancha branca se manifesta inicialmente como áreas cloróticas, que evoluem para lesões esbranquiçadas com margens marrons, distribuídas ao longo da folha. Por outro lado, a mancha de Bipolaris apresenta lesões elípticas de coloração marrom, que podem se coalescer e resultar em necrose extensa nas folhas. Já a ferrugem polissora caracteriza-se por pequenas pústulas arredondadas de cor marrom-clara, localizadas na face superior da folha, enquanto a ferrugem comum forma pústulas em ambos os lados, com formatos que variam entre circular e mais alongado.
Outro ponto a ser considerado é que a incidência dessas doenças está diretamente relacionada às condições climáticas. A mancha branca e a Bipolaris são favorecidas por umidade relativa acima de 60%, temperaturas entre 25°C e 30°C, e baixa luminosidade. Já as ferrugens se desenvolvem em ambientes com umidade relativa elevada, em torno de 90%, e temperaturas entre 18°C e 28°C. Esses cenários impulsionam a proliferação dos patógenos e as perdas na produtividade podem ser significativas. A ferrugem polissora pode reduzir a produção em até 50%. A mancha branca, por sua vez, pode resultar em perdas de até 60%, e a mancha de Bipolaris pode ser ainda mais devastadora, comprometendo até 70% da colheita.

Ainda, mais um aspecto fundamental no controle dessas doenças é o manejo integrado, que combina diferentes estratégias, como práticas culturais, escolha de cultivares resistentes, controle químico e biológico, além do monitoramento constante das lavouras e do clima. Produtores que investiram em manejo integrado e preventivo, inclusive com o uso de biológicos, reportaram que conseguiram alcançar produtividades superiores a 230 sacas por hectare. A personalização é a chave!

Hoje o produtor reafirma que a inserção de biológicos de alta performance no manejo das doenças foliares é essencial. O aumento da sanidade e indução de resistência permitem que a planta permaneça saudável e fotossinteticamente ativa, quando comparadas a outras sem a utilização. A adoção da ferramenta biológica é uma realidade irreversível para o produtor que a utiliza.

Assim, investir em conhecimento e soluções biológicas adequadas ao manejo é parte da estratégia para o aumento da sanidade da lavoura e garantia de uma produção sustentável e competitiva.

Fonte: ioeste

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