Brasil – Pecuária – Brasil livre da aftosa sem vacinação: marco histórico será anunciado na França
Reconhecimento internacional abre novos mercados e posiciona o país rumo à liderança global na produção de carne bovina
Amanhã será um dia histórico para a pecuária nacional. O Brasil será oficialmente reconhecido como livre da febre aftosa sem vacinação, durante cerimônia na Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris, na França. O anúncio representa a conclusão de mais de 50 anos de esforço conjunto entre pecuaristas, veterinários, instituições públicas e privadas.
A conquista abre novas possibilidades de exportação para mercados exigentes, como Japão e Coreia do Sul, que até então mantinham restrições sanitárias. A expectativa é de valorização da arroba e consolidação do país como líder global na exportação de proteína animal.
Reconhecimento internacional após décadas de trabalho
O reconhecimento será apresentado com grande protagonismo da senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, que representa a Frente Parlamentar da Agropecuária no evento. Ela estará acompanhada de comitivas dos estados do Mato Grosso, Piauí e Amazonas, além de representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Com esse selo sanitário inédito, o Brasil atinge um patamar que poucos países alcançaram. “Esse é um passo decisivo para aumentar o valor do nosso produto no mercado internacional e reconhecer o esforço do produtor rural brasileiro”, declarou Tereza Cristina antes do embarque para Paris.
Rumo ao topo do mundo na produção de carne bovina
Além do reconhecimento sanitário, a pecuária brasileira deve alcançar um novo recorde nos próximos anos. Segundo estimativas da consultoria Datagro, o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o maior produtor mundial de carne bovina já em 2027.
Sanidade reconhecida internacionalmente;
Melhoramento genético do rebanho;
Crescimento de áreas com pecuária intensiva e integração lavoura-pecuária;
Sustentabilidade e rastreabilidade.
Com o status de livre da aftosa sem vacinação, o Brasil se destaca como fornecedor confiável para os países mais exigentes em qualidade sanitária. A retirada da vacina também reduz custos ao produtor e elimina barreiras técnicas impostas por alguns compradores internacionais.
Vitória dos pecuaristas brasileiros
A vitória é coletiva. Desde as campanhas de erradicação nos anos 1980, passando pelas barreiras sanitárias rigorosas e pela dedicação dos técnicos agropecuários, o Brasil trilhou um caminho consistente rumo à erradicação da aftosa. A certificação oficial da OMSA é o reconhecimento máximo desse esforço.
Estados como Mato Grosso, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Acre, Espírito Santo, entre outros, já vinham sendo monitorados por organismos internacionais. Agora, o reconhecimento abrange todo o território nacional, consolidando o país no grupo de elite da sanidade animal mundial.
O que muda na prática para o pecuarista?
A eliminação da vacinação contra a febre aftosa traz impactos diretos e indiretos para o pecuarista:
Redução de custos com aquisição e aplicação da vacina;
Menos estresse para os animais e menor risco de abscessos na carne;
Abertura de novos mercados e valorização da carne brasileira;
Reconhecimento internacional da qualidade do rebanho nacional.
É mais uma conquista que reforça a força do agro brasileiro. O dia 28 de maio de 2025 ficará marcado como o fim da vacinação contra aftosa no Brasil e o início de uma nova fase para a pecuária de corte.