Os 27 touros selecionados também serão submetidos a  prova de emissão de metano

A partir do dia 23 de abril, a Prova de Eficiência Alimentar (PEA) da Associação Brasileira de Angus vai avaliar 27 touros provenientes de 15 propriedades localizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O teste, realizado em parceria com a Embrapa Pecuária Sul, é um esforço para identificar reprodutores com menor consumo de alimento e crescimento mais acelerado. (foto anexa)

A PEA é uma metodologia de avaliação genética de bovinos de corte realizada em ambiente de confinamento. Durante 45 dias, os animais serão submetidos a alimentadores eletrônicos para medir o consumo individual de alimentos. Os principais parâmetros avaliados são o Consumo Alimentar Residual (CAR) e o Ganho de Peso Residual (GPR), sendo considerados mais eficientes os touros com CAR negativo e GPR positivo.

 “Queremos expandir ainda mais nossa população de referência da raça, garantindo que tenhamos dados abrangentes e precisos para impulsionar o melhoramento genético”, acrescenta Mateus Pivato, gerente de fomento da Angus.

Esta iniciativa contribui para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 (ODS 2) da Agenda 2030 da ONU, que visa garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes. Os benefícios da prova incluem o aumento do banco de dados de desempenho das raças participantes, a identificação de reprodutores capazes de produzir mais carne consumindo menos alimento, e a valorização dos animais avaliados.

Avaliação de metano

Após a Prova de Eficiência Alimentar, é realizada a medição de metano ruminal que busca identificar animais que apresentam menor emissão de metano por quilo de alimento consumido e por quilo de peso vivo produzido.

Desde 2022, a Associação Brasileira de Angus, em parceria com a Embrapa Pecuária Sul, conduz o projeto que representa um avanço significativo no campo da pecuária sustentável e está inserido dentro de um contexto mais amplo de pesquisa e inovação.

Os touros que participaram da PEA são equipados com arreios contendo dispositivos para coleta de metano. Durante cinco dias, esses equipamentos permanecem nos animais, permitindo a coleta de amostras de ar ruminal. Posteriormente, essas amostras são enviadas para análise em laboratório, onde o metano que foi liberado pelo reprodutor é quantificado.

“Ao unir inovação e pesquisa, estamos desenvolvendo soluções que não só contribuem para um mundo melhor, mas também impulsionam o desenvolvimento da pecuária de forma responsável. Este projeto representa um passo significativo na busca por práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes, alinhadas com os princípios do desenvolvimento sustentável”, destaca Mariana Tellechea, presidente da Associação Brasileira de Angus.