O Senado deve economizar neste ano 132,07 milhões de litros de água, em comparação com o consumo verificado em 2012. Naquele ano, foram consumidos 292 milhões de litros; em 2013, 228,8 milhões; em 2014, 160,2 milhões. A projeção para este ano é de 160 milhões de litros, segundo levantamento da Diretoria-Geral da Casa. Com a redução do consumo, desde 2012 o Senado economizou 327 milhões de litros.

A redução é resultado do reparo de vazamentos e das mudanças na irrigação das áreas verdes, de acordo com Klébert Machado, do Serviço de Manutenção de Instalações do Senado. O impacto dessas medidas é refletido nos valores das contas de água, que apresentaram queda de 15,4% entre 2013 e 2015.

— Houve buscas de vazamentos nas principais ligações dos edifícios, nos reservatórios e nas redes de alimentação dos prédios. Além disso, foi realizado um trabalho conjunto com a área de jardinagem, cujo impacto foi muito expressivo, pois a irrigação no período da seca representa um consumo exorbitante de água — explica o servidor, que ressaltou também a troca de equipamentos para racionalizar o uso da água.

Atualmente, são realizadas varreduras constantes nos edifícios da Casa, a fim de identificar novos pontos de desperdício. De acordo com Klébert Machado, o contrato de manutenção hidrossanitária garante suporte aos reparos necessários no sistema hidráulico e sanitário. A tendência, avalia, é estabilizar o consumo, pois novos vazamentos são eventuais e de pequeno porte.

O próximo desafio, segundo Klébert Machado, é reduzir 5% do consumo global de água pelos próximos 12 meses. A previsão é um dos eixos do Plano de Gestão de Logística Sustentável do Senado. Uma das medidas é a substituição das torneiras que apresentarem defeito por modelos mais econômicos.

— Nos lugares de maior fluxo de pessoas, existem as torneiras de fechamento automático. Elas [as torneiras] também receberam um arejador, que tem a função de diminuir o fluxo de água, dando maior conforto. Além disso, haverá a troca de bacias sanitárias antigas, que podem consumir até 20 litros a cada acionamento, por modelos que consomem, em média, seis litros — afirma.

Conscientização

A coordenadora do Núcleo de Coordenação das Ações Socioambientais do Senado, Andrea Bakaj, explica que a unidade tem focado em ações de conscientização voltadas para os servidores. Uma das linhas de atuação é com a rede de voluntários “Ecolega”, programa criado para disseminar as boas práticas já adotadas por algumas unidades da Casa, tendo os servidores como aliados.

— Estamos visitando todos os setores da Casa para buscar o apoio de ecolegas. Uma das nossas ações seria a redução do consumo de água. Percebemos que, às vezes, os funcionários não se empenham porque não têm o conhecimento necessário. Com o programa, nós conseguimos levar informação e dar subsídios para que eles executem as boas práticas dentro do ambiente de trabalho — salienta Bakaj.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)