19 jul de 2018
Brasil – Suinocultura – Comércio global de carne de suína enfrenta mudanças sem precedentes

Depois de passar por um primeiro semestre difícil e desafiador, a indústria suína brasileira deverá melhorar o desempenho no segundo semestre de 2018. O aumento das tensões comerciais em outras partes do mundo provavelmente beneficiará o Brasil, oferecendo oportunidades para aumentar as exportações para mercados existentes e obter acesso a novos mercados.

A escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China, e dentro da América do Norte, deverá impactar grandemente o comércio global de suínos no segundo semestre de 2018, de acordo com o último relatório da Pork Quarterly do Rabobank banco cooperativo holandês que está presente nos cinco continentes.

 

Segundo Chenjun Pan, Analista Sênior da Animal Protein no Rabobank, novas medidas tarifárias sobre os produtos agrícolas colocarão uma grande pressão em vários mercados – principalmente EUA, China e México -, embora a natureza da pressão dependa de cada posição comercial.

O índice de preços do suíno das cinco nações do Rabobank caiu abaixo do nível médio visto de 2015 a 2017, refletindo a opinião do mercado.

 

O relatório do Rabobank destaca também que na China os preços do suíno registraram uma breve recuperação, menor do que o esperado. Os pequenos agricultores continuam a reduzir seu rebanho ou sua saída sob pressão, enquanto fazendas maiores continuam a se expandir, de modo que a produção geral de carne suína continua aumentando. A incerteza resultante da escalada das tensões comerciais pode levar os agricultores a mudar para a liquidação do rebanho mais cedo do que o esperado. Espera-se que as importações de carne suína diminuam no segundo semestre, devido a essas interrupções no comércio.

 

Já nos Estados Unidos a produção suína continua à frente do nível do ano passado, mas também há uma utilização mais lenta do que o esperado da capacidade de abate recém-adicionada. Tarifas adicionais sobre as exportações de carne suína dos Estados Unidos impostas pelo México reduzirão significativamente os negócios de exportação dos EUA. As exportações para a China e Canadá também estão desacelerando, devido ao aumento das tensões comerciais. Embora as exportações para outros destinos devam melhorar, o fornecimento global de carne suína maior pesará sobre os preços domésticos no segundo semestre de 2018.

 

Na União Europeia, enquanto os preços da carne suína são 17% menores do que no ano passado, o mercado não apresentou grandes altos ou baixos nos últimos meses. As expectativas de crescimento da oferta e aumento dos custos de alimentação no segundo semestre de 2018 podem reduzir a lucratividade dos agricultores.

Fonte: Redação SI

 

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